Feira de Santana

Projeto para revogar Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ é derrubado por maioria na Câmara de Feira

Ao todo, 10 vereadores votaram a favor dos pareceres — o que na prática inviabiliza a proposta de revogação —, três foram contra e houve duas abstenções.

16/04/2025 13h58
Projeto para revogar Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ é derrubado por maioria na Câmara de Feira
Foto: Isabel Bomfim

Uma proposta do vereador Edvaldo Lima (União Brasil) para revogar o Dia Municipal do Orgulho LGBTQIAPN+ (Lei 4.217) foi derrubada na Câmara de Vereadores de Feira de Santana nesta quarta-feira (16). A votação ocorreu após parecer contrário da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), que recomendou a rejeição do projeto. Ao todo, 10 vereadores votaram a favor dos pareceres — o que na prática inviabiliza a proposta de revogação —, três foram contra e houve duas abstenções.

Edvaldo Lima lamentou o resultado e afirmou que seu objetivo com a proposta era impedir o repasse de recursos públicos para a realização de festas organizadas pelo movimento LGBTQIAPN+.

“Botei esse projeto justamente para que a Lei 4.217 fosse revogada, porque, assim, o município não teria a obrigatoriedade de passar valores, recursos para eles. Infelizmente, 10 vereadores entenderam que poderia manter a lei, dando esse recurso para o grupo LGBTQIAPN+ fazer as festas que deseja”, disse.

Segundo o parlamentar, os recursos deveriam ser destinados a outras áreas prioritárias do município.

“A educação, a saúde e a mobilidade precisam de dinheiro para serem aplicadas no município. Nós perdemos a batalha, mas não perdemos a guerra. Vamos continuar lutando. Vou buscar, em outra oportunidade, trazer o projeto de outra forma para continuarmos debatendo.”

Questionado sobre críticas de que sua proposta poderia ser considerada discriminatória, Edvaldo rejeitou a ideia: “Não concordo. Eu não discrimino as pessoas. Cada um tem que buscar seu espaço, sua sexualidade. O foco aqui foi a revogação da lei para que o dinheiro não fosse revertido para festividades.”

Ainda de acordo com o vereador, a lei em vigor permite que o grupo busque junto à prefeitura valores que podem chegar a milhões de reais para a realização do evento anual no dia 28 de junho, data que marca o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+.

“Eles poderiam até dizer ‘não, nós não aceitamos’, porque precisamos de uma educação melhor, de uma mobilidade melhor, de uma saúde melhor. Esse dinheiro deveria ser revestido nessas áreas”, afirmou.

Leia também:

Grupo protesta contra projetos que extinguem o Dia Municipal do Orgulho LGBTQIA+ e proíbem participação de crianças na Parada

*Com informações da repórter Isabel Bomfim

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