Projeto de reajuste salarial dos servidores é adiado novamente
Emendas necessárias à pauta ainda não foram analisadas. Votação deve ocorrer terça-feira (26).
A votação para discutir o projeto de reajuste salarial dos agentes comunitários, de saúde e endemias, e professores, que estava agendada para esta quinta-feira (21), foi adiada novamente devido a falta de análise de emendas. Reunidos na Câmara Municipal de Vereadores, os servidores cobraram agilidade do parlamento.
A pauta já havia sido adiada na última semana devido a adição de novas emendas que deveriam ser analisadas, contudo, com a programação de viagem dos vereadores até Brasília em prol dos 190 de Feira de Santana, a análise não foi efetuada. Estima-se que a votação ocorra na próxima terça-feira (26).
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde, Everaldo Pereira Vitorio, o objetivo é que os servidores sejam incluidos na lei que dá direito a aumento anual de salário, que este ano seria de 4,5%.
“”Foi nos passado que a comissão não teve tempo hábil a dar um parecer favorável e então nós estamos aguardando um parecer até o final da tarde e na próxima terça-feira vamos comparecer aqui novamente para poder ver se vai ser votado ou não. Vamos convocar em massa a categoria tanto do agente comunitário, agente de endemias e os professores, para estar aqui na câmara e que eles votem favorável a esse projeto”, disse o presidente em entrevista ao De Olho na Cidade.
As emendas foram adicionadas pelo vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), com intuito de corrigir alguns pareceres incongruentes da proposta. Ainda, o parlamentar destacou que a presença dos servidores na Casa é importante para pressionar os votantes a ter agilidade no procedimento.
“Essas emendas incluem agentes comunitários de endemias no recebimento desse percentual, também assegura o pagamento do piso salarial para o magistério e demais profissionais da educação, além de tornar mais clara a retroatividade desse pagamento à data base do funcionalismo, que é maio. Junto com isso, visa impedir um verdadeiro absurdo, que é o prefeito encaminhar um projeto de lei que concede 4% para ele, o vice-prefeito, os secretários e os vereadores, o que é, além de uma imoralidade, uma ilegalidade. Então, esse projeto não foi à voto hoje,porque não tinha os pareceres dessas emendas de todas as comissões que são necessárias e, por isso, a necessidade de adiamento”, salientou o vereador.
A presidente da Associação dos Professores Licenciados do Brasil (APLB), Marlede Oliveira, apontou que as emendas são importantes para garantir que todos os agentes sejam incluídos na lei, e precisam ser votadas com agilidade.
“O prefeito Colbert Filho enviou um projeto de lei de reajuste desde o mês passado, de 4% para os servidores públicos, só que os servidores públicos não tem piso na lei. Estamos aqui na câmara pressionando para realizar as emendas que não votada por falta de parecer. Estamos acompanhando e não vamos abandonar a luta, nós queremos garantir o nosso piso, temos direito ao piso de 14.95%. que é o piso do salário alto dos professores esse ano”, destacou Marlede.
*com informações do repórter Robson Nascimeto