Programa Gás do Povo triplicará número de beneficiados na Bahia, afirma ministro
A previsão é que o programa atenda 15 milhões de famílias até março de 2026

O ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, confirmou que a Bahia será o estado escolhido para o lançamento nacional do Programa Gás do Povo, marcado para a próxima segunda-feira (24). O anúncio foi feito durante entrevista com Jorge Biancchi concedida durante a COP30, em Belém.
As capitais que serão inicialmente contempladas são Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Teresina (PI).
Segundo o ministro, o programa representa um avanço importante no combate à fome e na melhoria das condições de vida das famílias mais vulneráveis.

“O gás do povo vem nessa tentativa de garantir uma forma saudável de fazer o alimento. Às vezes a pessoa tem até o dinheiro pra comprar a comida, mas precisa queimar lenha para cozinhar. Isso é prejudicial à saúde e contrário aos propósitos climáticos”, afirmou.
O programa prevê a entrega de um voucher que cobre 100% do valor do botijão, independentemente do preço praticado na região. O benefício será disponibilizado diretamente no cartão do Bolsa Família, garantindo acesso imediato ao gás de cozinha para milhões de famílias brasileiras.
“Antes a gente repassava um valor de R$19, mas o botijão custava R$125, R$130 e até R$140 em alguns lugares. A pessoa ainda tinha que complementar. Agora não. É o pagamento integral, em qualquer região do Brasil”, explicou.
A previsão é que o programa atenda 15 milhões de famílias até março de 2026, em parceria com a Caixa Econômica, distribuidoras e governos estaduais e municipais. Na Bahia, o número de beneficiados será triplicado.
O ministro também destacou a escolha do estado para sediar o lançamento.
“O presidente Lula tem um carinho muito especial pela Bahia. Ele me disse: ‘Wellington Dias, você tem que ir lá na Bahia’. Para mim, é uma alegria. Queremos ver a Bahia como uma das regiões mais desenvolvidas do Brasil”.
O ministro também anunciou que voltará à Bahia em breve para participar de um encontro internacional promovido pelo Banco Mundial sobre inclusão socioeconômica.
O objetivo é discutir experiências que têm funcionado no Brasil e no exterior, especialmente no apoio a famílias do Cadastro Único e do Bolsa Família.
“Vamos trocar experiências sobre como apoiar quem está em vulnerabilidade para evoluir no emprego, no rural, no urbano ou no pequeno negócio”, explicou.
O ministro citou exemplos de sucesso na Bahia, incluindo famílias que saíram do Bolsa Família e hoje são proprietárias de empreendimentos estruturados.
“Eu estava na Bahia quando visitei duas irmãs que começaram com um pequeno negócio de R$ 21 mil. Depois pegaram outro de R$ 80 mil e, agora, já assinaram contrato de R$ 400 mil, empregando seis pessoas. É esse Brasil que a gente quer”.
Ele disse acreditar que o desenvolvimento só é possível quando há integração entre políticas sociais, educação, crédito e apoio técnico.
“Quando uma pessoa sai da pobreza, ela não melhora só a vida dela. Ela gera emprego, movimenta a economia, transforma a comunidade. E é isso que queremos ver cada vez mais na Bahia e no Brasil”.
*Com informações de Jorge Biancchi, direto da COP 30 em Belém







