Professor Josué Mello relembra trajetória da UFRB e projeta Universidade Federal em Feira
Segundo o professor, o projeto já está pronto e será entregue na próxima semana ao governo federal em Brasília.
O professor e escritor Josué Mello participou do Jornal do Meio Dia durante o projeto Feira de Santana e sua História, onde destacou a trajetória do campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) no município e apresentou o projeto que pretende transformá-lo em uma universidade federal autônoma.
“Hoje nós entendemos que chegou a hora de transformar esse centro naquilo que foi prometido há 11 anos atrás: o embrião de uma Universidade Federal em Feira de Santana”, afirmou.
Professor Josué lembrou que a chegada da UFRB à cidade aconteceu em 2014, quando o antigo prédio do SIM (Serviço de Integração de Migrantes) foi adaptado para receber o centro de tecnologia.
“Os prédios foram construídos para abrigar migrantes da zona rural e não estudantes universitários. Fizemos uma grande reforma para que pudessem receber o centro da UFRB”, explicou.
Atualmente, a instituição já conta com sete cursos de graduação e quatro de pós-graduação, incluindo dois mestrados, todos reconhecidos com notas máximas pelo Ministério da Educação.
“São 1.200 alunos, vindos até de estados como Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Um dos cursos, inclusive, é inédito no Brasil e só existe aqui em Feira de Santana”, destacou.
Segundo o professor, o projeto já está pronto e será entregue na próxima semana ao governo federal em Brasília.
“A ideia é criar uma universidade do futuro, que nasce no século XXI preparada para os desafios tecnológicos e para apoiar o desenvolvimento do país, em especial do Nordeste”, disse.
Para Josué, a nova instituição terá caráter democrático, inclusivo e regional. “Essa universidade já nasce com seu projeto construído pela comunidade e pela sociedade feirense. É um desejo coletivo, que conta com apoio da classe empresarial, política e dos movimentos populares”, frisou.
Ele também ressaltou a importância da ampliação do ensino superior público e gratuito no Brasil.
“Hoje, apenas 20% dos jovens estão matriculados em instituições públicas. Os outros 80% dependem de faculdades particulares, muitas vezes se endividando com o Fies e não concluindo os estudos. Ampliar as vagas no setor público é fundamental para que o Brasil se torne uma potência econômica, científica e tecnológica”, avaliou.
Na próxima sexta-feira (12), será realizado um café da manhã para apresentar oficialmente o projeto à imprensa e à sociedade feirense. “
Estamos muito felizes porque Feira de Santana abraçou essa ideia. Agora é mobilizar forças para que esse sonho se torne realidade”, concluiu o professor Josué Mello.