Professor lança livro contando história da Feira dos Remédios
O livro “Rastros nas Cinzas da Oculta Feira dos Remédios” traz relatos históricos sobre a Princesa do Sertão.
O livro “Rastros nas Cinzas da Oculta Feira dos Remédios” do professor Jaime Magalhães, traz ao público um dos elementos mais importantes para a cultura feirense. Em entrevista ao De Olho na Cidade, o autor, graduado em história, relatou curiosidades sobre a trajetória da Princesa do Sertão.
Segundo Jaime, a obra é dividida em três etapas. A primeira etapa data de 1558 a 1655, quando João Peixoto Viegas assume as duas sesmarias da região. A segunda, é marcada por uma exploração na Serra das Itapororocas.
Logo em seguida, há o período de 1655 a 1688, quando os jesuítas vão receber uma sesmaria nas margens do rio Paraguaçu, onde começam a trabalhar com os povos da região local, o que também inclui a área da sede de Feira.
“A partir disso vão surgindo capelas, paróquias, freguesias. A própria freguesia de São José das Itapororocas, que foi criada no final do século, que, infelizmente, foi confiscada da sesmaria para abrir passagem para o gado ir até Salvador, que nessa época sofria com a falta de carne”.
A primeira capela da cidade foi criada nesse período. Essa última etapa se estende até a criação do Arraial da Santana da Feira e a sua destruição.
Ainda nos anos de 1722 e 1723, uma grande seca acometeu toda colônia brasileira, o que atraiu um grande número de retirantes para Feira de Santana, para aproveitamento dos rios que cortavam a região e do gado.
Nesse período, em reação aos retirantes, a Feira dos Remédios, que servia de abrigo para alguns, foi incendiada. Segundo o professor Jaime, o incêndio foi proposital.
São essas e outras curiosidades históricas que podem ser encontradas no livro “Rastros nas Cinzas da Oculta Feira dos Remédios”. O professor Jaime Magalhães Morais, é graduado em história, com pós-graduação em Desenho, Registro e Memória, pela UEFS, e mestrado em Memória, Linguagem e Sociedade pela USB.