Produção mineral baiana cresce 7% e soma R$ 10,2 bilhões em 2022
Estado superou tendência nacional; média entre os 27 estados fechou o ano passado com queda de 26%
A produção mineral comercializada cresceu 7% na Bahia em 2022, fechando o ano movimentando o montante de R$ 10,2 bilhões. O resultado foi na direção contrária à tendência nacional. Na média do país, a produção mineral comercializada recuou 26%. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (18) pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE).
Confirmando os relatórios mensais, ouro, cobre e níquel foram os destaques na Bahia, assim como os municípios de Jacobina, Itagibá, Jaguarari e Juazeiro. Conforme a Agência Nacional de Mineração (ANM), a produção mineral dos quatro municípios foi responsável por arrecadar mais da metade da Contribuição Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) de todo o estado. Dos mais de R$ 182 milhões arrecadados na Bahia no ano passado, R$ 60 milhões se originaram dos municípios citados.
Para o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antônio Carlos Tramm. “A mineração tem papel fundamental para o crescimento do estado. As cidades onde estão situadas as empresas são beneficiadas tanto com o dinheiro da CFEM que retorna para o município quanto pelos empregos gerados, que normalmente pagam três vezes a mais do que em outros setores, beneficiando toda a economia da cidade”, declara Tramm. Segundo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o setor emprega diretamente mais de 14 mil pessoas, apenas na Bahi.
Aproximadamente US$6 bilhões de dólares serão investidos no setor entre 2022 e 2026, o equivalente a R$ 30,9 bilhões. A informação é do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Estão investindo na mineração baiana a Equinox Gold – que aplicou mais de US$ 100 milhões na construção de uma nova planta industrial voltada à exploração de ouro na cidade de Santaluz – e a Bamin, que ampliou o plano de investimentos na Bahia de R$ 14 bi para R$ 20 bilhões até 2026. Além de empreendimento na produção de minério de ferro, esta empresa participa da implantação do Porto Sul e é a concessionária responsável pela conclusão do primeiro trecho da Fiol, entre Ilhéus e Caetité.
*Bahia.ba