PRF registra aumento de acidentes de ônibus nas rodovias baianas
Falta de uso do cinto de segurança e acidentes graves em 2024 preocupam autoridades, que intensificam ações educativas nas rodovias
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou um aumento significativo no número de acidentes com ônibus de transporte nas rodovias federais da Bahia em 2024. Segundo Fábio Rocha, do núcleo de comunicação da PRF, o crescimento de casos, especialmente os que resultaram em óbitos, tem causado preocupação.
“Este ano, nós constatamos que houve um aumento do número de óbitos em acidentes envolvendo ônibus de transporte, em comparação ao ano passado”, afirmou.
Ele destacou que, devido à grande capacidade de passageiros desses veículos, os acidentes tendem a ser mais graves, resultando em múltiplos feridos e mortes.
“O ônibus tem uma particularidade muito grande, pois, como ele transporta diversas pessoas, um acidente pode ter o potencial de causar muitos feridos e muitos óbitos. Vocês devem ter claro a gravidade do acidente”, enfatizou.
Entre os acidentes registrados, dois em particular contribuíram para o aumento expressivo nas estatísticas: um ocorrido em abril e outro na BR-324, mais recente.
“Esses dois acidentes juntos vitimaram muitas pessoas e acabaram inflando os números de óbitos em acidentes envolvendo ônibus de transporte de passageiros”, explicou Fábio Rocha.
Diante dessa realidade, a PRF intensificou as ações educativas voltadas para a segurança no trânsito, com foco especial no uso do cinto de segurança, item muitas vezes negligenciado por passageiros de ônibus.
“Temos ido aos terminais rodoviários fazendo a conscientização das pessoas sobre o uso do cinto de segurança, uma vez que constatamos que, em ônibus de transporte, as pessoas muitas vezes deixam de usar esse item que é tão essencial para a segurança”, relatou.
Outra iniciativa importante da PRF é o projeto “Cinema Rodoviário”, voltado para abordagens educativas em ônibus. Durante as paradas, os policiais sobem no veículo, alertando os passageiros sobre a importância do uso do cinto de segurança, além de realizarem testes de alcoolemia nos motoristas e verificarem o cumprimento da Lei do Descanso. “Tudo isso para tentar reduzir, minimizar ao máximo essa realidade”, concluiu Rocha.
*Com informações do repórter Robson Nascimento