Prefeito rebate críticas da presidente da Câmara sobre precatórios dos professores
A polêmica surgiu após a presidente afirmar que não assinaria um “cheque em branco” devido a “inconsistência no projeto”
Em entrevista ao programa Cidade em Pauta (Nordeste FM), na manhã desta quarta-feira (29), o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB), respondeu as críticas da presidente da Câmara Municipal, Eremita Mota (PP), sobre as questões que envolvem o projeto sobre o pagamento dos precatórios dos professores da Rede Municipal de Ensino. A polêmica surgiu após a presidente afirmar que não assinaria um “cheque em branco” devido a “inconsistência no projeto”.
Colbert defendeu a proposta da Prefeitura, destacando que segue o mesmo modelo adotado pelo governo do Estado da Bahia.
“Nós estamos seguindo a mesma linha do Governo do Estado. A mesma linha, a mesma proposta. A vereadora recebeu o dinheiro, botou na bolsa. O vereador Ivamberg recebeu o dinheiro e está caladinho, não diz nada, e todos estão imaginando que a eleição não está aí logo em seguida”.
O prefeito argumentou que o projeto enviado à Câmara permite aos professores a antecipação do recebimento dos precatórios, caso desejem. Ele enfatizou que a aprovação do projeto é crucial para não prejudicar a categoria.
“A sugestão é fazer exatamente como o Estado fez. Portanto, não tem nenhuma diferença. Pode dar voto de aprovação pela Câmara, como pela Assembléia, de um projeto de lei autorizando, porque esse dinheiro só chega em 2026. Aqueles que quiserem, é facultativo, podem pedir essa antecipação”.
Colbert também apontou a presidente de agir contra os interesses dos professores.
“Aprovação do contrário é a presidente da Câmara contra os professores de Feira, porque ela já recebeu o dela, já está na bolsa. Então ela é contra esse tipo de procedimento. Essa é uma decisão que foi tomada pelo governador Rui Costa, pelo governador Jerônimo, foi paga durante a eleição em 2022, e o pessoal recebeu tudo. Por qual razão o pessoal da Prefeitura não pode receber? Os aposentados, mais de oitocentos, não podem receber a não ser que ela queira exatamente prejudicar a classe. Aliás, ela é uma professora. Ela está com o dinheiro dela lá dentro, guardadinho”.
O prefeito também questionou a atuação da APLB-Sindicato, mencionando que a presidente Marlede Oliveira também recebeu os precatórios.
“Marlede recebeu também, botou no bolso, caladinha, não disse nada. Botou na bolsa. Esse povo todo já recebeu, está com a barriga cheia, com o bolso cheio e querendo que os outros não tenham a mesma possibilidade”.
Por fim, Colbert afirmou que o projeto não se trata de um “cheque em branco” e que o processo é similar ao adotado pelo estado.
“Com relação à presidente não é cheque em branco, é o mesmo processo que o Estado fez. Não estou tomando dinheiro emprestado, muito pelo contrário, as pessoas vão receber na sua folha de pagamento os recursos”.
O prefeito concluiu enfatizando a necessidade de a Câmara colocar o projeto em votação para definir quem está a favor ou contra os professores, lembrando que as eleições municipais se aproximam.
“Portanto, é algo extremamente malvado o que a presidente está fazendo. Não estou falando dos outros vereadores, não. Porque é preciso que ela coloque em votação para a gente saber quem é que está a favor dos professores e contra os professores e teremos eleições municipais agora em outubro.”