Prefeito esclarece pendências de R$ 83 milhões na Previdência Municipal e garante segurança financeira
O montante foi reconhecido em dois termos de confissão de dívida firmados entre o Município e o Instituto de Previdência de Feira de Santana (IPFS).
Em entrevista ao programa Jornal do Meio Dia da Rádio Princesa FM, o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, abordou questões financeiras enfrentadas pela administração municipal e comentou a suspensão temporária de serviços tecnológicos essenciais para a Secretaria de Educação.
“Passei hoje boa parte do dia resolvendo essas questões que dizem respeito aos pagamentos. Desde o dia 7 de outubro, eu só faço basicamente saudar e honrar compromissos. Não tem nenhum investimento novo na prefeitura, a não ser manutenção”, declarou o prefeito.
Colbert destacou a situação da previdência municipal, ressaltando que, apesar de uma dívida acumulada de R$ 83 milhões em contribuições patronais não pagas desde agosto, o município está em segurança financeira.
“Tivemos necessidades de outros grandes investimentos que foram necessários. Hoje temos R$ 212 milhões em depósitos na previdência, o que garante segurança absoluta para movimentações. Esse parcelamento será pago com juros e correção monetária, sem prejuízo para a previdência ou para os segurados”, explicou.
O prefeito informou que a dívida foi parcelada em 60 meses e será herdada pelo próximo gestor. Além disso, mencionou que o concurso público realizado com mais de 600 vagas deve fortalecer a arrecadação previdenciária.
“A estimativa é que a previdência arrecade mais de R$ 350 milhões este ano. Não há nenhum tipo de problema, é uma prática comum e absolutamente legal”, afirmou.
Suspensão do software da Secretária de Educação
Colbert também esclareceu a suspensão do software Sagres, utilizado pela Secretaria de Educação para gerenciar matrículas e outras operações. Ele atribuiu o atraso no pagamento à suspensão de repasses pelo Tribunal de Contas no início do ano.
“O Sagres é um software caro, mas essencial para a Secretaria de Educação. Tivemos a dispensa de licitação aprovada, mas o Tribunal de Contas suspendeu os pagamentos de janeiro a junho. Os repasses só foram liberados no final de junho, e, em ano eleitoral, isso impactou o fluxo de pagamentos. São R$ 216 mil mensais de aluguel do software, e os recursos já estão sendo repassados à empresa”, explicou.
O prefeito estranhou a nota divulgada pela empresa sobre a suspensão do serviço após as negociações recentes.
“Desde a última terça-feira, mostramos à empresa os valores que estavam sendo repassados. Apesar disso, publicaram uma nota depois. Cabe muita coisa nesse final de mandato, mas estamos resolvendo a questão”, concluiu Colbert.
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