Em entrevista ao programa De Olho na Cidade, da rádio Sociedade News, o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, relembrou os momentos mais marcantes de seus seis anos à frente da administração municipal, destacando como principal desafio a pandemia de Covid-19

“Dos momentos mais difíceis que nós tivemos, o mais marcante foi a pandemia. No dia 8 de março de 2020 registramos o primeiro caso, no início, não tínhamos muitas informações para oferecer. Foi a primeira vez que enfrentei uma epidemia, e acho que conduzimos da melhor forma. Feira teve um dos menores índice de mortes por habitante do país, e isso é muito significativo”, destacou.

Colbert também lembrou a inauguração do Hospital de Campanha em junho de 2020 e o fechamento da unidade em novembro de 2021.

“Conseguimos manejar a situação sem frear a economia como ocorreu em outras cidades, como Salvador, que demorou a reabrir o comércio.”

Saúde pública e regulação: avanços e desafios

O prefeito ressaltou os investimentos realizados na saúde, somando mais de R$ 1,8 bilhão nos últimos anos.

“Inauguramos o CMDI nas Baraúnas, onde realizamos dez endoscopias digestivas por dia. Também demos início ao projeto do Hospital Municipal de Feira de Santana, que será uma unidade de alta tecnologia. Não conseguirei concluí-lo, mas espero que o próximo gestor o faça”, afirmou.

Entretanto, Colbert criticou a falta de ampliação do atendimento emergencial por parte do Governo do Estado e o sistema de regulação.

“Hoje temos mais de 30 pessoas aguardando regulação em nossas UPAs e policlínicas. Até agora, foram 281 mortes na fila da regulação. É uma situação que precisa de solução urgente.”

Projeto Centro e infraestrutura urbana

Ele destacou como um dos projetos marcantes da gestão o “Projeto Centro”, que incluiu reformas nas ruas do Centro da cidade e nos passeios.

“Praticamente concluímos a parte estrutural, mas questões como a organização dos ambulantes ainda precisam ser resolvidas”, explicou. Colbert também mencionou sua frustração por não conseguir concluir as reformas na Sales Barbosa, Marechal Deodoro e Praça Bernardino Bahia.

Outro ponto citado foi a falta de avanços na drenagem urbana, que ele considera uma das maiores necessidades de infraestrutura da cidade.

“Gostaria de ter deixado essa marca. Feira ainda tem cerca de 45% de esgoto não realizado, que é obrigação da Embasa. Assinamos um termo com o governador para que a empresa atinja 90% de cobertura até 2033.”

Educação, esporte e inclusão social

Colbert destacou a reforma de escolas e a entrega de novas quadras poliesportivas como avanços na área de educação e esporte.

“A Escola João Marinho Falcão, que foi entregue ontem, é a 79ª unidade totalmente reformada e ampliada”, comemorou. Ele também mencionou a criação da Secretaria da Mulher e os esforços para aumentar a representatividade feminina.

“Estamos avançando com iniciativas importantes, como as cirurgias bariátricas no Hospital da Mulher, e na zona rural, realizamos mais de 100 implantes de embriões de vacas puras. É um passo importante para o desenvolvimento agrícola”, disse.

Com o término do mandato se aproximando, Colbert reflete sobre os avanços e desafios enfrentados. “Eu espero que o próximo gestor conclua os projetos que ficaram pendentes. Feira de Santana é uma cidade que merece cada vez mais desenvolvimento e melhorias para sua população.”

O prefeito ainda ressaltou a importância de manter o foco nas soluções tecnológicas e na infraestrutura urbana. “Avançamos, mas ainda há muito a ser feito.”