Preço da gasolina tem nova alta em Feira de Santana
O aumento nas bombas acabou pegando muito condutor de surpresa
Desde meados de fevereiro já era esperado um aumento de preços nos combustíveis. O motivo desta vez é que terminou no mês passado o prazo dado pelo governo para a isenção de PIS e Cofins cobrados sobre gasolina e etanol.
Em Feira de Santana, nesta sexta-feira (10) o aumento nas bombas acabou pegando muito condutor de surpresa, como Wellington Sérgio, que é representante comercial e já se preocupa com os ajustes no orçamento para manter sua rotina de trabalho.
“Nós já sabíamos que isso iria acontecer porque foi uma baixa que teve por causa das eleições, todavia quando aumenta os combustíveis encarece vários outros produtos e pro bolso do consumidor não é bacana, principalmente as famílias de baixa renda.” Disse.
Já o rodoviário, Adelmo Galdecio, embora lamente o novo aumento acredita que o mercado em 2023 não teve ter tantas variáveis no preço do combustível como no ano passado.
“O único aumento que a gente teve nesses primeiros três meses foi essa questão do retorno do imposto federal, já no ano passado nós vimos o combustível aumentar duas vezes no mês e a gente espera que o preço se mantenha estável.” Relatou.
O secretário executivo do Sindicombustiveis Bahia, Marcelo Travassos, analisou o novo aumento e as características da alta na Bahia.
“O Sindicato vê com muita preocupação a volta da oneração dos combustíveis já que nós estamos voltando ao estágio do primeiro semestre de 2022, onde os preços estavam muito altos e os Congresso Nacional tomou a medida de desonerar os combustíveis e com isso nós tivemos um preço médio entre R$ 5 e R$ 6, mas com a volta desses impostos nós estamos vendo os combustíveis subirem a cada dia e isso preocupa bastante, principalmente na Bahia, onde os preços estão acima do valor praticado pela Petrobras.” Analisou.
Fiscalização
O superintendente do Procon, Maurício Carvalho, apontou que o órgão já tem intensificado as fiscalizações para apurar se o aumento está coerente com o valor das notas fiscais da compra do produto nas distribuidoras.
“O que estamos observando é a prática da oneração dos índices de impostos que compõem a planilha de custo e nós, como Procon, não podemos interferir na política de preços dos reajustes do combustível. O que temos feito são fiscalizações, como no ano passado que resultaram em 10 autos de autuação com multas aos postos, então o que compete ao Procon é verificar se o reajuste que foi dado pelo governo federal está sendo obedecido pelos postos de gasolina.” Apontou.
*Com informações do repórter Danillo Freitas