Feira de Santana

Possibilidade de greve cresce entre bancários em Feira de Santana, afirma diretor de comunicação do Sindicato

As negociações salariais, que deveriam ser concluídas até o dia 31 de agosto, estão em impasse.

30/08/2024 12h02
Possibilidade de greve cresce entre bancários em Feira de Santana, afirma diretor de comunicação do Sindicato
Foto: Robson Nascimento

Edmilson Cerqueira, diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários de Feira de Santana, revelou a crescente insatisfação da categoria diante das condições de trabalho e das negociações estagnadas com os banqueiros.

Edmilson lembrou que o Dia do Bancário, que foi comemorado dia 28 de agosto, marca a histórica greve de 69 dias, que resultou em conquistas significativas para a categoria.

“Esse mês inteiro foi de comemorações, mas as dificuldades que enfrentamos não podem ser ignoradas”, afirmou.

Segundo Edmilson, a categoria enfrenta desafios crescentes à medida que os bancos reduzem suas equipes e empurram os serviços para os clientes.

“Os banqueiros estão encolhendo a categoria a cada dia, empurrando toda a clientela para fazer o serviço que deveria ser realizado por funcionários”, disse ele. A falta de contratação, especialmente de jovens, tem gerado transtornos tanto para os bancários quanto para os clientes, que muitas vezes enfrentam problemas graves, como o desaparecimento de valores em suas contas.

Edmilson destacou que, apesar dos avanços tecnológicos, o atendimento humanizado é essencial. “Mesmo com toda a tecnologia, sem os trabalhadores, ela não funciona. Precisamos de atendimento presencial e humanizado”, enfatizou, criticando a redução de funcionários e seguranças nas agências, o que, segundo ele, aumenta a vulnerabilidade dos clientes.

As negociações salariais, que deveriam ser concluídas até o dia 31 de agosto, estão em impasse. Edmilson explicou que o acordo firmado há dois anos expira no final do mês, e a proposta apresentada pelos banqueiros tem gerado revolta entre os bancários.

“Os banqueiros querem oferecer apenas 0,85% de reajuste, enquanto nós pedimos a inflação do período mais 5%. Todos os bancos tiveram lucros expressivos, mas não querem repassar o mínimo para os trabalhadores”, criticou.

Diante desse cenário, o comando nacional dos bancários, reunido em São Paulo, já sinaliza a possibilidade de greves.

“Infelizmente, eles estão empurrando os bancários para essa situação. As negociações podem se estender até domingo, mas já há um aceno para assembleias e possíveis paralisações”, alertou.

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