Policial militar suspeito de matar gerente de supermercado na BA é absolvido após júri popular
Diego Kollucha Santos Vasconcelos passou por júri popular, no Tribunal do Júri de Santo Amaro. Juliana de Jesus Ribeiro, foi morta a tiros em 2023, após ser rendida ao sair do trabalho.
O policial militar Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi absolvido pela Justiça, após ser apontado como suspeito do assassinato da gerente de supermercado Juliana de Jesus Ribeiro, em 2023. Ele passou por júri popular na quinta-feira (4), no Tribunal do Júri de Santo Amaro, cidade no Recôncavo baiano.
Na avaliação do júri, as informações sobre o caso não apontavam Diego Kollucha como o autor dos disparos de arma de fogo que causaram a morte de Juliana Ribeiro. Além disso, os jurados entenderam que os autos não comprovam que o policial militar havia utilizado um veículo com placa adulterada no local do crime.
Os pontos refutados pelo júri foram apresentados pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) no ano passado. A denúncia do órgão trazia detalhes como a geolocalização do suspeito, bem como indícios de que ele teria usado um veículo com placas adulteradas no dia do crime. Itens como roupas e acessórios encontrados em sua casa, semelhantes aos usados pelo atirador, reforçaram as provas do órgão, à época.
Diante da decisão do júri, o juiz Abraão Barreto Cordeiro determinou a absolvição do suspeito. Além disso, o magistrado pediu a soltura do militar, que está preso desde 2024.
Relembre o caso
A gerente de um mercado, Juliana de Jesus Ribeiro, de 30 anos, foi morta a tiros em maio de 2023. O caso aconteceu na cidade de Saubara, também no Recôncavo.
Conforme denúncia oferecida pelo MP, a vítima foi executada sem receber chance de defesa. Isso por que a gerente de supermercado foi rendida e estava de costas para o atirador. O momento chegou a ser registrado por câmeras de segurança. De acordo com laudos policiais, Juliana de Jesus Ribeiro foi atingida diversas vezes à queima-roupa na cabeça, rosto, tórax, abdômen e braços.
Na época, o MP acusou Diogo Kollucha de observar a rotina da vítima treze dias antes do assassinato, realizando o mesmo percurso e as mesmas ações que foram executadas na data do homicídio. No dia do crime, ele e um comparsa, que não foi identificado, teriam rendido a vítima quando ela saía do trabalho utilizando técnicas semelhantes as de abordagem policial.
Ainda conforme denúncia do órgão, eles a obrigaram a colocar as mãos na cabeça e ficar de costas para eles. O MP também alegou que o policial militar teria alterado as placas do carro que utilizava para dificultar as investigações.
Após ser denunciado pelo MP, Diego Kollucha fugiu do Batalhão da Polícia Militar, localizado em Lauro de Freitas. A fuga aconteceu no dia 27 de março de 2024.
Dois dias depois, em 29 de março, ele foi encontrado pela polícia na cidade de Feira de Santana. A motivação para a morte de Juliana Ribeiro ainda não foi esclarecida.
*Com informações g1 Bahia
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