Com uma ampla estrutura de operação, a Polícia Civil da Bahia estará presente em todos os momentos da Micareta de Feira de Santana 2025, com foco no combate à criminalidade e na proteção dos foliões. O evento, que acontece de 1º a 4 de maio, contará com investigação abrangente, trabalho de inteligência, formalização de flagrantes, custódia de presos e atendimento especializado a vítimas.

Para o delegado-geral, André Viana, a ação reforça o compromisso do Governo do Estado em garantir a segurança da festividade e combater práticas criminosas. “Estaremos em peso com ações estratégicas e uso intensivo da inteligência policial. Com um efetivo de 2.420 profissionais e um investimento superior a R$ 2,8 milhões, a operação será dividida entre os circuitos Maneca Ferreira e Charles Albert, além das áreas do entorno. A corporação vai trabalhar em todas as frentes da festa, com equipes ostensivas, policiais disfarçados, observadores, operadores de drones e mensageiros em tempo real.”

A atuação da Polícia Civil será coordenada pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin), com participação de unidades especializadas como os Departamentos de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), de Repressão e Combate ao Narcotráfico (Denarc), de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Inteligência Policial (DIP), de Polícia Metropolitana (Depom) e o DPMCV (Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e a Pessoas Vulneráveis).

Monitoramento de grupos criminosos e inteligência na festa

Antes do início da Micareta, a Polícia Civil intensificou o monitoramento de grupos criminosos para identificar e neutralizar possíveis ações de tráfico de drogas, extorsão, roubos e conflitos armados. O trabalho, conduzido pelas equipes de análise e investigação, envolve a identificação de lideranças, o rastreamento de movimentações suspeitas e a realização de diligências estratégicas. Esse acompanhamento seguirá durante toda a festa, com foco nos circuitos e áreas adjacentes.

Uma das frentes de atuação da Polícia Civil estará focada na prevenção e repressão de crimes sexuais. Equipes especializadas realizarão varreduras nos chamados “pontos cegos”, que são áreas com menor visibilidade, e a busca ativa de mulheres e adolescentes em situação de vulnerabilidade. A abordagem visa oferecer acolhimento imediato e suporte às vítimas, em integração com a Operação Quitérias.

Atendimento rápido e combate à criminalidade

Para dinamizar o atendimento ao público e fortalecer a atuação policial, quatro Postos de Pronto Emprego (PPIs) foram instalados em locais estratégicos, além de estruturas de formalização no Serviço de Valorização e Reconhecimento (SERVVIR), no Centro Estadual de Educação Profissional Professor Áureo de Oliveira Filho (CF/PROTEGER) e no Instituto de Educação Gastão Guimarães (DAI). Os postos funcionarão em regime de plantão 24 horas para registro de ocorrências, especialmente de flagrantes.

O atendimento especializado será reforçado por equipes da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (DERCCA) e da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Esses profissionais estarão disponíveis para acolher, formalizar denúncias e conduzir investigações específicas, garantindo suporte humanizado a mulheres, crianças e adolescentes.

Tecnologia no monitoramento e recuperação de bens

A operação da Polícia Civil contará com drones equipados com câmeras de alta resolução e sensores térmicos para o monitoramento aéreo dos circuitos. A tecnologia permitirá identificar movimentações suspeitas em tempo real, apoiando a atuação das equipes em solo.

Além disso, sistemas de rastreamento mobile core serão utilizados para localizar rapidamente celulares roubados, com base nas informações fornecidas pelas vítimas.

A ação visa aumentar a eficácia na recuperação de bens e na prisão dos responsáveis por crimes patrimoniais.

Suporte operacional em ocorrências complexas

Equipes estarão preparadas para atender ocorrências de grande complexidade, como confrontos armados, crimes violentos ou situações de crise. O serviço de segurança e acompanhamento de autoridades também será reforçado, com planejamento de rotas seguras, monitoramento de ameaças e suporte a ações emergenciais.

A estratégia contará ainda com suporte da Central de Atendimento e Despacho (CAD) para coordenação das equipes veladas e ostensivas. O atendimento a vítimas de crimes sexuais será concentrado na estrutura da Operação Quitérias.

Apoio à saúde dos policiais em serviço

Durante toda a operação, o Departamento de Gestão de Pessoas, Saúde e Valorização Profissional da Polícia Civil (DPSV) oferecerá suporte médico e psicológico aos servidores em atuação. Entre os serviços disponibilizados estão consultas médicas, atendimento de enfermagem, apoio psicológico, ginástica laboral e terapias complementares, como acupuntura e auriculoterapia.