PF investiga 11 entidades por fraude no INSS, com mais 20 sob suspeita de cobrança irregular
Operação apura golpe de R$ 6,3 bilhões envolvendo descontos não autorizados de mensalidades de aposentados e pensionistas
A investigação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU) sobre um golpe envolvendo até R$ 6,3 bilhões em descontos de mensalidades de aposentados e pensionistas do INSS identificou 11 entidades de classe envolvidas, além de 31 outras suspeitas de cobrarem “mensalidade associativa” sem autorização. Essas mensalidades são descontadas diretamente do pagamento dos beneficiários.
Essas associações e sindicatos assinaram Acordos de Cooperação Técnica com o INSS, permitindo o desconto nas aposentadorias e pensões em troca de serviços como auxílio jurídico e assistência médica. A autorização para o débito é dada pelos aposentados por meio de assinatura eletrônica e biometria no aplicativo Meu INSS.
A fraude foi detectada pela CGU e pela Polícia Federal, que apuram a magnitude dos descontos irregulares. A investigação aponta que muitas dessas entidades cobravam taxas indevidas, prejudicando os beneficiários, que não tinham conhecimento ou não autorizavam os débitos.
Confira entidades:
- Ambec (Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos)
- Sindnapi/FS (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos)
- AAPB (Associação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil)
- AAPEN (Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional), ex-ABSP
- Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura)
- AAPPS Universo
- Unaspub (União Nacional de Auxílio aos Servidores Públicos)
- Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais)
- APDAP Prev (Associação de Proteção e Defesa dos Direitos dos Apesentados e Pensionistas), ex-Acolher
- ABCB/Amar Brasil (Associação Beneficente e Cultural Backman Nacional)
- Caap (Caixa de Assistência dos Aposentados e Pensionistas do INSS)