Paralisação na rede estadual: professores reivindicam reajuste salarial e diálogo com o governo
As negociações com o governo, segundo a presidente da APLB, não avançaram, levando à decisão da categoria de realizar a paralisação, com possibilidade de greve por tempo indeterminado caso as negociações não avancem.
Nesta segunda-feira (29), uma manifestação da regional sertão no NTE-19, marcou o início de uma paralisação de dois dias na rede estadual de ensino. A presidente da APLB Sindicato dos Professores, Marlede Oliveira, destacou as demandas da categoria.
“A pauta principal é o reajuste salarial, que precisa ser unificado, pois para os aposentados é apenas 4%. Pagou PIS para quem estava na ativa e os aposentados ele excluiu. Tem também a questão do pagamento dos precatórios, que já chegaram, e nós queremos receber com juros e correção”, explicou.
As negociações com o governo, segundo a presidente da APLB, não avançaram, levando à decisão da categoria de realizar a paralisação nos dias 29 e 30 de abril, com possibilidade de greve por tempo indeterminado caso as negociações não avancem.
“Nós queremos primeiro dizer ao governo que estamos aqui para negociar. Se não avançar, faremos assembleia. A categoria está ansiosa por uma resposta, uma negociação. Ninguém quer fazer greve, mas se não houver outra forma, o que nos aponta é uma paralisação por tempo indeterminado para que o governo avance nessa pauta de negociação”, afirmou.
O reajuste oferecido pelo governo, de 5,69% parcelado até setembro, não é satisfatório para os professores, segundo Marlede.
“Nosso piso é em janeiro, não dá para entender. Pagar piso terminando em setembro implica em perdas, já estará perto do novo piso que será em janeiro de 2025”, destacou.
A presidente da APLB também enfatizou o papel do governador Jerônimo Rodrigues na resolução dessas questões.
“O governador é professor, mas quando chega ao governo muda. Vira governador e aí é preciso que a gente cobre. Ele sabe que nossa pauta é de direito, agora precisa resolver e resolver ainda pacificamente na negociação”, disse.
A presidente da APLB concluiu reforçando a disposição da categoria em continuar com as reivindicações.
“Se não houver avanço, a nossa categoria é forte, é mobilizada e temos condições de enfrentar o governo. É preciso unir todos os trabalhadores para dizer que o governo precisa resolver a pauta de reivindicações que não é só da APLB, mas de outros segmentos também dos servidores públicos”, finalizou.