Outubro Rosa: Especialista explica causas e prevenção da dores crônicas em mulheres
Dr. Maurício de Almeida, especialista em dor, destacou que, além do câncer de mama, há muitas outras condições que podem impactar a saúde feminina.
No contexto do Outubro Rosa, a importância da prevenção e do tratamento adequado para as dores crônicas em mulheres foi o tema central da entrevista com o Dr. Maurício de Almeida, especialista em dor. Ele destacou que, além do câncer de mama, há muitas outras condições que podem impactar a saúde feminina.
Ele reforça a importância da prevenção em diversas patologias que afetam as mulheres. Ao ser questionado sobre as principais causas de dores crônicas em mulheres, Dr. Maurício enfatizou o papel transformador que as mulheres assumiram nos últimos tempos e como isso impacta sua saúde física.
“Hoje, as mulheres ocupam papéis que antes não ocupavam, como cargos de chefia, o que leva ao surgimento de dores que antigamente eram relacionadas aos homens, como cervicalgia e hérnia de disco”, explicou. Além disso, ele destacou que doenças autoimunes, como a fibromialgia, são mais prevalentes entre as mulheres, gerando dores crônicas.
A entrevista também abordou como as variações hormonais podem influenciar essas dores. “A queda da taxa hormonal, que começa a partir dos 50 anos, leva à perda muscular e, consequentemente, ao enfraquecimento das estruturas ósseas e à dor osteomuscular”, afirmou o especialista.
Quanto aos sinais de alerta para dores que exigem atenção médica, Dr. Maurício destacou a importância de estar atento à duração da dor.
“Dores que não passam, especialmente após três meses, devem ser investigadas por um especialista. Quanto mais cedo tratarmos, mais rápido reabilitamos o paciente”, orientou.
O especialista também ressaltou o impacto da saúde emocional no agravamento das dores crônicas. “Além de trabalharem, as mulheres continuam carregando o fardo de cuidar da casa e dos filhos, o que contribui para o aumento do estresse e, por consequência, das dores”, explicou.
Ao falar sobre o ciclo menstrual, Dr. Maurício esclareceu que pode haver impacto nas dores musculares e articulares das mulheres, especialmente no aparelho urinário e na cavidade pélvica, que abriga órgãos como útero e ovários.
“Mulheres que praticam esportes de alto impacto, como triatlo e crossfit, podem desenvolver distensões musculares que causam dor crônica”, alertou o médico.
Para finalizar, ele deixou uma mensagem importante sobre práticas preventivas para reduzir dores recorrentes: “Sono de qualidade, alimentação saudável e a prática diária de exercícios são os três pilares que indico para todas as minhas pacientes”.
O Instituto Médico da Dor, onde o Dr. Maurício atende, fica localizado no edifício Premier, sala 105, em Feira de Santana.