Nutróloga orienta como manter alimentação equilibrada durante os festejos juninos
Dra. Aline Jardim reforçou que o grande segredo é a moderação.
Com a chegada do São João, um dos períodos mais tradicionais e festivos do Nordeste, é comum que as mesas se encham de pratos típicos, licores, bolos e muito amendoim. Para aproveitar a festa sem descuidar da saúde, a médica nutróloga Aline Jardim trouxe orientações importantes sobre como manter o equilíbrio alimentar, mesmo em meio às tentações da época.
Dra. Aline reforçou que o grande segredo é a moderação. “A palavra-chave é equilíbrio. Não dá pra ser radical nesse momento, porque o São João envolve memória afetiva, reunião familiar e pratos que fazem parte da nossa cultura. O importante é fazer escolhas conscientes e evitar os excessos”, disse.
A nutróloga destacou que não existe um prato típico vilão, mas sim a forma como ele é consumido.
“Você pode provar um pouquinho de tudo. A dica é: escolha o que mais gosta, sirva-se em pequenas porções e evite colocar a bacia de amendoim na frente. A gente perde o controle fácil”, brincou. Ela ainda alertou que pessoas com diabetes ou obesidade devem ter cuidado redobrado, devido ao alto teor de carboidratos simples e açúcares presentes nesses alimentos.
Outra estratégia sugerida por Dra. Aline é consumir uma proteína antes de se expor à mesa farta: “Comer um ovo, uma carne ou até mesmo usar proteína em pó ajuda a controlar o pico de glicose e a dar saciedade”.
Dra. Aline também falou sobre o hábito de pular refeições durante o dia com a intenção de “compensar” os exageros à noite.
“Jejum pode ser uma estratégia válida, sim, mas deve ser feito com orientação. Se você passar o dia todo sem comer e à noite consumir só alimentos ricos em açúcar, como canjica ou bolo de milho, o impacto será muito maior. O ideal é quebrar o jejum com proteínas e manter a hidratação”.
Sobre o consumo de bebidas alcoólicas, tão comuns nessa época, a médica foi clara: “O álcool é uma substância tóxica. Ele diminui o metabolismo por até três dias e intoxica o organismo. Não proíbo o consumo, mas deixo claro os impactos. É possível beber, sim, mas com moderação e consciência”.
Dra. Aline ainda respondeu a dúvidas comuns de seus pacientes, como a necessidade de interromper medicações durante as festas.
“Não é necessário suspender remédios de controle da obesidade ou resistência à insulina para consumir bebida alcoólica. Mas é importante saber que o álcool afeta diretamente a eficácia do tratamento”.
Para aqueles que passaram do ponto no fim de semana junino, a recomendação é simples: hidratação e retorno à rotina.
“Detox é água, gente. Não é suco verde. É preciso beber água, dormir bem e voltar aos hábitos saudáveis. O mais importante é não desistir do tratamento por causa de um tropeço. Recomeçar é o segredo”.
Ela aproveitou a conversa para reforçar que não existe uma fórmula única para todos e que o acompanhamento médico é essencial.
“Obesidade é uma doença crônica. Não tem cura, tem controle. O tratamento é contínuo e personalizado. Cada paciente é único”.
Para quem deseja aprofundar os cuidados com a alimentação, Dra. Aline anunciou o lançamento de um programa baseado na dieta cetogênica, voltado especialmente para pessoas com obesidade ou lipedema.
“Será um valor simbólico, com orientações completas para quem quer iniciar a jornada de perda de peso”, informou.