Nutróloga destaca impactos de uma rotina desorganizada na saúde das mulheres
A pressão imposta pela sociedade leva muitas mulheres a recorrerem a dietas restritivas e procedimentos estéticos, nem sempre de forma segura.
No mês dedicado às mulheres, a reflexão sobre a sobrecarga feminina ganha destaque. A nutróloga Aline Jardim abordou essa temática ressaltando os desafios diários das mulheres na conciliação entre trabalho, vida familiar e cuidados estéticos.
“Nós, mulheres, absorvemos uma carga que não existia antes. Hoje, queremos trabalhar fora, mas continuamos com as demandas domésticas e a responsabilidade com os filhos. Além disso, somos cobradas pela aparência física”, destacou.
Essa pressão leva muitas mulheres a recorrerem a dietas restritivas e procedimentos estéticos, nem sempre de forma segura.
“Elas chegam ao consultório relatando que não conseguem se alimentar corretamente ou praticar exercícios. Isso acontece porque falta organização na rotina”, explicou.
A solução, segundo a especialista, está na criação de hábitos saudáveis e sustentáveis.
“A chave é planejamento. Muitas pacientes preparam suas marmitas no domingo para garantir refeições equilibradas ao longo da semana”, sugeriu.
Outro ponto relevante é a influência do jejum na saúde. “Muitas mulheres não sentem fome pela manhã porque jantam tarde ou fazem escolhas inadequadas. Estudos indicam que o café da manhã deve ser feito até nove horas para uma boa saúde cardiovascular”, afirmou.
Dra. Aline também alertou para os riscos de adotar práticas sem acompanhamento profissional. “A orientação de um médico, nutricionista ou educador físico é essencial para evitar lesões e garantir resultados saudáveis”, reforçou.
Para enfrentar o desafio da sobrecarga, a nutróloga enfatizou a importância da mudança gradual de hábitos.
“A perda de peso é uma construção. Melhorar o sono, a rotina alimentar e inserir a atividade física faz toda a diferença. Aos poucos, essas mudanças se tornam naturais e trazem mais equilíbrio”, concluiu.