Economia

Novo empréstimo para trabalhadores CLT já beneficiou mais de 48 mil pessoas

A proposta do empréstimo CLT permite que o trabalhador utilize parte do salário como garantia, tornando o crédito mais seguro para as instituições financeiras e mais acessível para quem precisa.

29/03/2025 06h13
Novo empréstimo para trabalhadores CLT já beneficiou mais de 48 mil pessoas
Foto: Marcelo Casal jr./Agência Brasil

Desde seu lançamento, o novo modelo de empréstimo voltado para trabalhadores com carteira assinada (CLT) tem sido um sucesso. De acordo com os dados mais recentes, mais de 48 mil pessoas já aderiram a essa modalidade de crédito, que oferece taxas mais acessíveis e condições facilitadas de pagamento.

A proposta do empréstimo CLT permite que o trabalhador utilize parte do salário como garantia, tornando o crédito mais seguro para as instituições financeiras e mais acessível para quem precisa. A medida tem sido vista como uma alternativa interessante para aqueles que buscam organização financeira, melhores condições para quitar dívidas ou a realização de projetos pessoais.

Para entender melhor os impactos dessa novidade, conversamos com Ediane Santos, analista de risco de crédito e economista. Segundo ela, a medida representa uma mudança significativa no acesso ao crédito para trabalhadores formais.

“Então, vamos lá. Esse é um tema muito relevante, pois atinge uma fatia considerável da população que utiliza linhas de crédito. O crédito consignado é uma modalidade na qual as parcelas são descontadas diretamente do salário ou benefício do trabalhador, o que reduz o risco de inadimplência para os bancos e permite taxas de juros mais baixas”, explica.

A partir do dia 21 de março de 2025, algumas mudanças importantes entrarão em vigor, como:

Essa medida também beneficiará empregados domésticos, trabalhadores rurais e contratados por microempreendedores individuais (MEI), ampliando o acesso ao crédito para mais pessoas.

Vantagens e desafios da nova modalidade

Ediane Santos destaca que há pontos positivos e desafios nessa nova modalidade.

“A primeira grande vantagem é que os juros são mais baixos, tornando-se uma opção mais acessível para quem precisa de dinheiro emergencial ou quer reorganizar as finanças. Outro ponto positivo é a possibilidade de utilizar o FGTS como garantia, reduzindo ainda mais os custos do empréstimo”, analisa.

Além disso, a economista ressalta o impacto no consumo. “O aumento do consumo é uma das principais ferramentas para o crescimento econômico de curto prazo, beneficiando setores como o comércio e serviços”, acrescenta.

Por outro lado, existem riscos. “Embora o crédito consignado tenha juros menores, ele compromete uma parte do salário do trabalhador. Se a pessoa já estiver com dificuldades financeiras, pode acabar sobrecarregada e sem dinheiro suficiente para cobrir outras despesas essenciais”, alerta Ediane. Outro risco apontado é a falsa sensação de que esse crédito é sempre a melhor opção. “Mesmo com juros mais baixos, é um empréstimo que precisa ser pago, e se mal planejado, pode gerar um efeito bola de neve nas finanças do trabalhador”, pontua.

Dicas para quem pensa em contratar o crédito

Para quem está considerando aderir ao novo empréstimo, a analista recomenda planejamento financeiro.

“Antes de contratar o crédito consignado, é fundamental avaliar se realmente há necessidade do dinheiro e se as parcelas caberão no orçamento sem comprometer a qualidade de vida”, orienta.

Outra dica importante é evitar o uso do crédito como solução para problemas financeiros recorrentes. “O crédito deve ser utilizado para necessidades emergenciais ou objetivos bem definidos. Ele pode ser uma ferramenta útil, mas como qualquer empréstimo, exige cautela para evitar problemas futuros”, conclui.

*Com informações do repórter Matheus Gabriel

Comentários

Leia também

Economia
Alta no preço do cacau impacta vendas de Páscoa no Brasil

Alta no preço do cacau impacta vendas de Páscoa no Brasil

Em dois anos, fruto apresentou alta de 180%
Economia
Taxa de desemprego no Brasil fica em 6,8% no trimestre até fevereiro, aponta pesquisa

Taxa de desemprego no Brasil fica em 6,8% no trimestre até fevereiro, aponta pesquisa

A renda média real do trabalhador no período analisado foi de R$ 3.378