Novembro Azul da prevenção de amputações: tratamento precoce salva pernas e vidas, alerta estomaterapeuta
Uma das principais portas de entrada para complicações graves são as feridas nos pés e pernas.

No mês de novembro, dedicado à conscientização sobre diversas doenças, a prevenção do diabetes e das complicações que ele pode causar também ganha destaque. A estomaterapeuta Áquilla Chahinne, da Dr. Curativos, reforçou a importância do diagnóstico precoce e do cuidado contínuo, principalmente para evitar amputações, uma das consequências mais graves do diabetes mal controlado.
Segundo Áquilla, embora o diabetes atinja mais de 10% da população brasileira, ainda há desconhecimento sobre os riscos da falta de tratamento adequado.
“As pessoas sabem o que é diabetes, mas muitas não entendem as consequências do mau controle e da falta de prevenção. Quando não cuidamos, os agravos aparecem e eles podem ser sérios”, alertou.
Uma das principais portas de entrada para complicações graves são as feridas nos pés e pernas. A especialista reforça que qualquer machucado deve ser avaliado imediatamente.
“O ideal é que o diabético procure um serviço especializado assim que surgir qualquer ferimento. A evolução para uma ferida crônica, uma infecção ou até para a amputação pode ser muito rápida”, explicou Áquilla.
Entre os principais sinais de alerta, ela destaca:
- Perda de sensibilidade nos pés;
- Alterações na circulação;
- Calos, rachaduras e fungos, que podem evoluir para feridas graves;
- Dificuldade de cicatrização.
“A amputação não começa numa grande ferida. Começa num calo, numa rachadura, num fungo entre os dedos. É por isso que tratamos até as pequenas alterações, antes que se tornem um problema maior”, reforçou.
Áquilla explicou que três fatores tornam a evolução das feridas mais agressiva:
- Glicemia descontrolada, dificultando a cicatrização;
- Perda da sensibilidade, que faz o paciente não perceber lesões;
- Problemas circulatórios, comuns entre diabéticos.
“É um conjunto que transforma uma pequena lesão em algo grave em poucos dias. Por isso reforçamos: não espere piorar. Tratamento rápido salva pernas e vidas”, destacou.
A profissional também lembrou que muitos pacientes acreditam que a amputação é o fim do problema, mas não é.
“Já atendemos pacientes com oito anos pós-amputação e feridas nunca cicatrizadas. Depois da cirurgia, o cuidado deve ser ainda maior, com acompanhamento especializado, calçados adequados e prevenção constante”, disse Áquilla.
Ela destaca que atendimentos aparentemente simples — como desencravar uma unha — não podem ser feitos da mesma forma que em pessoas sem diabetes, devido ao risco elevado de infecção e complicações.
Áquilla reforçou a mensagem principal da campanha:
“Nosso alerta é claro: machucou, procure atendimento especializado. Não espere. O tratamento precoce evita a amputação e salva vidas.”






