O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (16), a pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2023. Entre os dados apresentados, destaca-se o número de bebês registrados em cartórios no ano passado: foram 2.523.267 registros, uma queda de 0,7% em comparação com 2022.

O levantamento abrange informações de 6.408 cartórios em todo o país. Rondônia foi o estado com a maior redução percentual no número de nascimentos registrados, com queda de 3,7%.

O número de nascimentos registrados em 2022 foi de 2.537.078. Com isso, o recuo observado em 2023 equivale a 19.031 registros a menos. A queda foi registrada em todas as grandes regiões do país, com exceção do Centro-Oeste, onde houve um crescimento de 1,1%. Segundo o IBGE, essa é a quinta redução consecutiva no número de registros de nascimentos na série histórica analisada.

Também foi feita uma comparação com a média anual de registros entre 2015 e 2019, período anterior à pandemia de Covid-19.

Estados com queda e alta nos nascimentos

Cerca de 18 unidades da Federação registraram diminuição nos nascimentos. Além de Rondônia, destacam-se:

• Amapá (-2,7%)
• Rio de Janeiro (-2,2%)
• Bahia (-1,8%)
• São Paulo (-1,7%)

Já Tocantins e Goiás apresentaram os maiores aumentos percentuais no número de registros no mesmo intervalo.

Em relação à faixa etária das mães, os maiores números de nascimentos em 2023 ocorreram entre mulheres de 25 a 29 anos, com 641.180 registros (25,5% do total). Em seguida, vieram as mães de 20 a 24 anos, com 594.235 registros.

Segundo o IBGE, a tabela histórica com dados desde 1974 não inclui casos em que a residência da mãe foi ignorada ou informada como estrangeira. Em 2023, foram 521 registros com residência no exterior e 4.707 com residência ignorada, totalizando 5.228 casos.

Óbitos também caem em 2023

O número de óbitos registrados em cartórios no país também diminuiu no período. Em 2023, foram contabilizados 1.429.575 registros, uma queda de 5,0% em comparação com 2022 — o equivalente a 75.188 mortes a menos. Apesar da redução nos casos de Covid-19 naquele ano, a doença ainda teve impacto significativo no primeiro semestre de 2022.

Das mortes registradas em 2023, 90,6% foram por causas naturais, 7,1% por causas externas e, em 2,3% dos casos, a causa não foi identificada.

Maiores reduções de óbitos por estado:

• Paraíba (-11,8%)
• Rio Grande do Sul (-10,2%)
• Rio Grande do Norte (-7,7%)
• Paraná (-7,0%)
• Ceará (-6,7%)

Apenas quatro estados apresentaram aumento no número de mortes:

• Acre (0,6%)
• Mato Grosso (0,6%)
• Amapá (1,5%)
• Amazonas (2,0%)