“Não se sentiu segura com aquele profissional”, diz vereador sobre caso de homofobia no Hospital da Mulher
O fato ganhou repercussão nacional
O diretor do Hospital da Mulher, Francisco Mota, pode ser convocado pela Câmara Municipal a dar explicações sobre problemas ocorridos no atendimento a uma gestante no plantão do último dia 4. A proposta de comparecimento do médico ao Legislativo consta de requerimento protocolado nesta terça-feira (6) pelo vereador Edvaldo Lima (MDB) e que deve entrar em votação nos próximos dias. Conforme relatou o parlamentar em discurso na Tribuna, trata-se do caso da mulher que, ao adentrar o consultório, decidiu não ser atendida pelo profissional que se encontrava no local, supostamente, pelo fato dele ser homossexual. O fato ganhou repercussão nacional.
“É um direito sagrado. Aconteceu que ela não se sentiu segura com aquele profissional”, disse Edvaldo, que não aprovou a atitude de um outro médico que “colocou peruca e batom para atendê-la”. Isto, segundo o vereador, contraria a ética médica”. A situação, ao seu ver, gerou constrangimento à paciente. A convocação, assegurou ele, é para que o diretor explique o ocorrido, já que “envolve uma mãe de família hospitalizada e dois médicos que prestam serviço na unidade”. Edvaldo Lima manifestou, ainda, preocupação com o tratamento dado pela mídia ao caso, com “diversas opiniões precipitadas”. Considera que a imprensa tem papel fundamental, “mas não deve emitir opinião enquanto não ouvir os dois lados”.
*Ascom CMFS