Na Câmara, trabalhadores da Saúde cobram salários atrasados
O líder do governo, vereador Lulinha da Conceição, disse ao De Olho na Cidade que diversas secretarias dependem da aprovação do remanejamento para que ações importantes possam ser continuadas na cidade
Rafael Marques
Servidores da Saúde da UPA do bairro parque Ypê, ocuparam a galeria da Câmara Municipal de Feira de Santana, na manhã desta terça-feira (25), para cobrar dos vereadores a votação do projeto de suplementação orçamentária enviado pelo prefeito Colbert Martins Filho a cerca de 2 meses. Os trabalhadores reclamam que estão com salários atrasados desde o último dia 5 de outubro.
“Hoje já são 25, e o nosso salário até agora não caiu. Pagamos aluguel, muitos estão sem água, luz e alimentação. A gente quer que seja aprovada a suplementação”, disse a servidora Iraneide Caribé.
“Estamos brigando por nossos direitos. Queremos saber porque não recebemos ainda, e por qual razão não aconteceu o repasse”, criticou o servidor Gregory Alexandre.
O líder do governo, vereador Lulinha da Conceição, disse ao De Olho na Cidade que diversas secretarias dependem da aprovação do remanejamento para que ações importantes possam ser continuadas na cidade.
“Saúde, SOMA, Sedeso e outras dependem de suplementação de recursos. Existem outros recursos que não estão na LDO. Não deixaram os representantes da Saúde, falar. É um projeto importante, para dar andamento às obras da cidade”, afirmou.
Membro da oposição, Pedro Cícero declarou que a Prefeitura tem verba para utilizar até 2023.
“Nos entendemos que o prefeito quer suplementar algo que não existe. Ele tem orçamento até 2023. A desculpa dele para não pagar os funcionários da Saúde, é que a Câmara não aprovou a suplementação que do jeito dele”, explicou.
Em nota, a Prefeitura esclareceu que o” município aguarda a aprovação do Legislativo para manter aulas na rede municipal, transporte escolar, operação tapa-buracos, recolhimento de lixo, pagamento de pessoal da saúde, compra de medicamentos e combustível, funcionamento do Hospital da Mulher (urgência e emergência), dentre outros serviços”.
“A Prefeitura Municipal de Feira de Santana envia anualmente para a Câmara de Vereadores o orçamento para o próximo exercício, que prevê todos os gastos e receitas do município dentro de um ano, incluindo o repasse feito para a Câmara de Vereadores. A previsão orçamentária mudou por diversos fatores, principalmente, com a instabilidade econômica vivida pelo mundo nessa pandemia, o que gerou despesas superiores às inicialmente previstas. O combustível, por exemplo, teve diversos aumentos ao longo do ano.
Para se ter ideia, esse ano, teve aumento de cerca de 20% dos atendimentos de saúde nas UPAs e policlínicas. Em 2021, na UPA da Mangabeira, por exemplo, foram 106.969 pacientes atendidos. Em 2022, até 18/10, 134.529 pacientes já foram atendidos nesta unidade.
Outro aumento de despesa ocorreu com a alteração do piso salarial dos agentes de endemias e comunitários de saúde. A categoria recebia um valor de R$ 1.550,00 e foi para R$ 2.424,00.
O pedido de suplementação foi enviado para a Câmara de Vereadores desde agosto. O Município aguarda a aprovação do Legislativo para manter aulas na rede municipal, transporte escolar, operação tapa-buracos, recolhimento de lixo, pagamento de pessoal da saúde, compra de medicamentos e combustível, funcionamento do Hospital da Mulher (urgência e emergência), dentre outros serviços.
A Prefeitura esclarece que o mesmo modelo de suplementação é usado pela Câmara em seus pedidos de adequação de orçamento. Inclusive, esse ano, o Legislativo já fez uso de suplementação orçamentária.
O Governo Municipal segue aberto ao diálogo com a Câmara de Vereadores, entendendo a importância do alinhamento entre os poderes, no propósito primordial de trabalhar pelo desenvolvimento do nosso município e de melhorar a vida da nossa gente”.