Mulheres protagonistas: Conheça a história das feirenses que revolucionaram a cidade
Além de Maria Quitéria, diversas mulheres marcaram a trajetória do município
Colecionando grandes feitos na história do município feirense, são diversas as mulheres que lutaram pela Princesa do Sertão. Segundo a professora e presidente da Academia de Artes e Letras de Feira, Lélia Vitor, essas histórias, apesar de importantes, precisam ser cada vez mais disseminadas ao público.
Além da já consagrada Maria Quitéria, várias outras mulheres conquistaram valores importantes para o município, como é o caso da professora Edith Mendes da Gama: “Muitas pessoas desconhecem, temos aqui apenas uma escola que a nomeia. Ela, além de ser poetisa, escritora, mulher que criou o movimento feminista. Hoje, se nós mulheres podemos votar e ser votadas, nós devemos a ela. Além do mais, ela foi a primeira mulher a adentrar na Academia de Letras da Bahia”, explicou.
Segundo a professora Lélia, quando Edith Mendes da Gama foi nomeada na Academia de Letras da Bahia, o homem que presidia a Instituição na época pediu demissão do cargo, por não aceitar uma mulher fazendo parte do meio acadêmico. Ela ainda chegou a ser candidata a deputada estadual, mas perdeu devido a discriminação do meio.
Além desta, há a educadora Helena Assis, que foi a primeira mulher a disputar um cargo na Câmara de Vereadores de Feira. A professora Lauras Pires, foi eleita como vereadora, mas com função de substituta; a viúva de George Américo, Norma Suely de Oliveira Mascarenhas, foi a primeira vereadora a ser efetivamente eleita e diplomada, em 1988.
Também temos a professora Eliana Boaventura foi a primeira mulher a ser eleita como deputada estadual. A Dra. Silva Carneiro, desembargadora, foi a primeira feirense a exercer o cargo de governadora na Bahia, na ausência do governador da época, Jacques Wagner.
Fora do campo político, a medicina feirense também tem suas heroínas. A primeira mulher feirense formada em medicina foi a Dra. Ana Lindaura, que trabalhou ao lado de Luiz Falcão na criação da primeira clínica particular da cidade: “Ela mesma me contou a discriminação e preconceito que ela sofreu por ser mulher. Depois ela foi conquistando pacientes, mas mesmo assim ficou desconhecida”.
A primeira psiquiatra da Colonia Lopes Rodrigues, foi a Dra. Marizélia Moreiro, em 1963, sendo outro grande nome de renome para o cenário médico feirense.
A professora Lélia Vitor é escritora, com mais de 30 títulos publicados que podem ser encontrados na Biblioteca da Escola Monteiro Lobato, e na Biblioteca Municipal Arnold Silva. Além de acadêmica, também é poetisa e pesquisadora.