Morte de ciganos: Polícia Civil intensifica investigações
A PC está em busca de novas testemunhas
Na última segunda-feira (14), quatro pessoas que faziam parte de uma comunidade cigana, do município de Madre de Deus, a 60 quilômetros de Feira de Santana, foram baleadas enquanto almoçavam em um restaurante na Rua J.J Seabra. Das seis vítimas, três morreram no local e a quarta foi socorrida para um hospital da cidade, onde não resistiu aos ferimentos. A quinta pessoa ferida foi uma mulher de 40 anos, esposa de um dos mortos. Ela foi baleada na perna e não corre risco de morte.
Ao De Olho na Cidade, o titular da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana (DH), Rodolfo Faro, explicou como estão as investigações.
“Foi ouvida apenas uma das testemunhas, que é familiar de uma vítima. As demais, evadiram do local, a gente não conseguiu intimá-las. A dificuldade da polícia é em razão da ausência de endereço das vítimas”, contou.
Segundo o delegado, a polícia tenta localizar novas testemunhas.
“Essa testemunha foi ouvida no dia do homicídio porque foi a única que permaneceu no local. Trabalhamos, agora, no sentido de localizar onde essas pessoas (testemunhas) moravam para que possamos fazer a intimação, se é que elas falarão, visto que, culturalmente, não gostam de contribuir com investigações, tanto que a única pessoa ouvida se recusou a prestar qualquer tipo de informação”.
Imagens de câmeras de segurança foram coletadas para ajudar na investigação.
“Já foram coletadas diversas imagens tanto no local do crime, como no entorno e no percurso utilizado pelo veículo”.
SUSPEITAS
“Existe uma linha de investigação com indício de autoria para esse crime, como mandante, e já foram expedidas cartas precatórias para localização e oitivas dessa pessoa. São apenas suspeitas. A gente não descarta nenhuma linha de investigação, a mais plausível foi a que nos chegou na realização do levantamento cadavérico. A polícia trabalha, inicialmente, nessa versão e localização do suposto mandante. Estamos aguardando que a sexta vítima se restabeleça para que seja ouvida aqui na delegacia”, revelou.