Moraes libera julgamento de denúncia contra núcleo 3 da suposta trama golpista
Grupo de 12 pessoas, incluindo militares e ex-assessores de Bolsonaro, é acusado de planejar ações para promover golpe de Estado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o julgamento na Primeira Turma da denúncia contra mais um grupo de envolvidos no esquema golpista, o chamado núcleo 3. Este grupo é composto por 12 pessoas, incluindo militares e ex-assessores do governo de Jair Bolsonaro (PL), entre eles os “kids pretos”, acusados de planejar as mortes de Lula, Alckmin e Moraes.
Este é o segundo núcleo cuja denúncia, apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), foi liberada por Moraes para agendamento de julgamento.
Assim como no caso do núcleo 1, com oito envolvidos, incluindo Bolsonaro e quatro ex-ministros, agora cabe ao presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, agendar a reunião do colegiado para decidir sobre o caso.
A análise da denúncia sobre o núcleo 1 ocorrerá no dia 25 de março, quando os ministros da Primeira Turma do STF decidirão se os denunciados pela PGR se tornarão réus e passarão a responder por uma ação penal. O processo do núcleo 3 seguirá uma tramitação semelhante. Os acusados desse núcleo são:
- Bernardo Romão Correa Netto
- Cleverson Ney Magalhães
- Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
- Fabrício Moreira de Bastos
- Hélio Ferreira Lima
- Márcio Nunes de Resende Júnior
- Nilton Diniz Rodrigues
- Rafael Martins de Oliveira
- Rodrigo Bezerra de Azevedo
- Ronald Ferreira de Araújo Júnior
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
- Wladimir Matos Soares
Ao apresentar a denúncia contra os 34 suspeitos de envolvimento no golpe, a PGR optou por dividir o caso em quatro núcleos, visando otimizar o andamento do processo no Supremo. Em relação ao núcleo 3, o procurador-geral Paulo Gonet afirmou que o grupo teria se formado e atuado sob a liderança de Jair Bolsonaro.
A denúncia acusa os 12 integrantes desse núcleo de planejar e executar ações para promover o golpe de Estado, incluindo a elaboração de uma carta e uma campanha pública para pressionar o comando das Forças Armadas a apoiar o plano golpista.
Os 34 denunciados enfrentam acusações de: golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.
*Com informações Metro 1