Política

Moraes levanta sigilo de relatório da PF sobre caso das joias sauditas

Ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 foram indiciados

08/07/2024 16h56
Moraes levanta sigilo de relatório da PF sobre caso das joias sauditas
Foto: Twitter/Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), levantou nesta segunda-feira (8) o sigilo que recaia sobre o inquérito que apura suposta apropriação indevida de joias da Arábia Saudita.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) na semana passada, todas apontadas como envolvidas na tentativa de desviar e ocultar o presente dado pelas autoridades sauditas.

A PF entregou o relatório impresso do caso no protocolo do Supremo na sexta-feira (5). Mesmo antes da entrega, o teor do documento já havia sido divulgado pela imprensa, o que causou desconforto no gabinete de Moraes. A Corte chegou a divulgar nota para negar que tivesse recebido o relatório antes de seu vazamento.

Entre os indiciados estão o tenente-coronel Mauro Cid, o pai dele, general de Exército Mauro Lourenna Cid, e Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, e Fábio Wajngarten e Frederick Wassef, advogados do ex-presidente.

Nesta segunda-feira, Moraes determinou que seja garantido o acesso integral ao indiciamento pelos advogados. O ministro enviou o processo para análise da Procuradoria Geral da República (PGR) no prazo de 15 dias, conforme determina a legislação penal. Nesse prazo, o órgão de acusação poderá pedir o aprofundamento das investigações, arquivar o caso ou apresentar denúncia contra os denunciados.

Moraes levantou o sigilo por entender que a medida já não se justifica após a PF ter entregue o relatório final à Corte.

O relatório da PF descreve o que seria uma organização criminosa destinada a desviar presentes entregues a autoridades brasileiras por outros países. Em relação às jóias, há a suspeita de que houve tentativa de ocultar a entrada das peças no Brasil e em seguida de reavê-las após apreensão pela Receita Federal.

A íntegra do relatório da Polícia Federal ainda não está disponível no sistema de peticionamento do Supremo, mas segundo a Corte, o documento deverá ser disponibilizado a qualquer momento, de forma pública.

Quando houve o vazamento de partes do relatório na imprensa, o advogado de Bolsonaro Paulo Cunha Bueno, disse que não se manifestaria por não ter tido acesso ao documento.

*Com informações Agência Brasil

Comentários

Leia também

Política
STF suspende parte da ação contra Alexandre Ramagem, que segue réu por tentativa de golpe

STF suspende parte da ação contra Alexandre Ramagem, que segue réu por tentativa de golpe

Deputado é apontado como um dos envolvidos no núcleo de articulação da trama golpista...
Política
Lula discute apoio à CPMI do INSS em reunião no Palácio da Alvorada

Lula discute apoio à CPMI do INSS em reunião no Palácio da Alvorada

Ministros e líderes governistas estão divididos sobre instalar ou orientar a comissão...
Política
“Petrobras precisa retomar o setor de distribuiçãode combustíveis em todo o país”, defende Deyvid Bacelar

“Petrobras precisa retomar o setor de distribuiçãode combustíveis em todo o país”, defende Deyvid Bacelar

Bacelar lamentou que o preço dos combustíveis continue sendo determinado, em alguns estados...