Moradores de Maria Quitéria defendem realização do São João no distrito
Eles afirmam que os pequenos agricultores serão prejudicados caso a festa não aconteça
Rafael Marques
Uma comissão composta por moradores do distrito de Maria Quitéria (São José), esteve na Câmara de Vereadores, nesta quinta-feira (19) para exigir que a Prefeitura de Feira de Santana realize os festejos juninos este ano.
Ivandson Silva, representante da comunidade, usou a tribuna livre para expressar a indignação da população com a não realização do tradicional forró.
“O Poder Público vem abandonando nosso distrito, a gente não tem infraestrutura, segurança e iluminação de qualidade, e o que tínhamos, tradição de quase 30 anos, era o nosso São João, que o prefeito Colbert Martins se recusa a fazer. Nosso distrito não tem comemorações patrocinadas pela prefeitura; festa de vaqueiro e nem a missa do nosso padroeiro. A única coisa que acontecia era o São João com 5 dias de festa, que eles foram reduzindo e no primeiro ano de mandato do prefeito ele colocou para 2 dias e com atrações fracas”, criticou.
Ainda de acordo com Ivandson, o pequeno produtor será prejudicado com a não realização dos festejos.
“São 8 distritos que fazem o São João. O pequeno produtor começa a ter renda antes do período de junho com o forró do comércio e todas as festas patrocinadas pela prefeitura. Gera renda sim, muito mais do que a micareta que não traz benefício nenhum, porque virou uma festa que o folião pipoca não tem mais o respaldo de antigamente, só as grandes empresas que montam camarotes e cobram valores exorbitantes e lucram com isso. Já o São João é a festa do pequeno, daquela pessoa que leva o voto, pega o seu pouquinho e investe. Acredito que ele ajuda muito mais o povo fazendo os festejos juninos do que uma micareta fora de época”, desaprovou.
Um pedido de autorização de remanejamento de R$ 1.100.000,00, foi encaminhado à Câmara, ontem (18), pelo gestor do município, Colbert Filho. Segundo ele, a prefeitura quer realizar uma festa pé de serra, na cidade. Porém, o presidente da Casa, vereador Fernando Torres, informou que não permitirá a retirada de verbas da segurança pública, saúde ou educação.