Mobilização em Feira de Santana pede fim da escala 6×1 e redução da jornada de trabalho
O ato público, realizado em frente à prefeitura, foi organizado pelo PSOL
Na manhã desta sexta-feira (15), Feira de Santana foi palco de uma mobilização que chamou a atenção para a necessidade de mudanças na jornada de trabalho. O ato público, realizado em frente à prefeitura, foi organizado pelo PSOL e contou com a presença de trabalhadores de diversos setores, além do vereador Jhonatas Monteiro (PSOL), que destacou a importância da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) pelo fim da escala 6×1.
A PEC sugere a redução da carga horária semanal de trabalho de 44 para 36 horas, defendendo uma jornada mais equilibrada e menos exaustiva para os trabalhadores brasileiros. Durante o evento, o vereador Jhonatas Monteiro explicou o impacto da mudança.
“Essa proposta recoloca no centro da discussão a questão da jornada exaustiva de trabalho a que grande parte das pessoas está submetida. Não precisa ir muito longe para ver isso: basta observar a realidade de quem trabalha no comércio de Feira de Santana. É uma necessidade avançarmos para uma escala menos exaustiva, que possibilite às pessoas cuidarem de si, da saúde e dos estudos, e que também respeite o tempo para viver dignamente”, afirmou.
A mobilização teve um caráter diverso, reunindo pessoas de diferentes ocupações profissionais e localidades do município. Segundo o vereador, mesmo ocorrendo em um período de feriado prolongado, o ato conseguiu atrair um número expressivo de participantes, evidenciando o apoio local à causa.
O movimento também busca se articular com iniciativas nacionais, como a campanha “Vida Além do Trabalho”, liderada pelo vereador Rick Azevedo (PSOL-RJ). A proposta visa valorizar a qualidade de vida dos trabalhadores, colocando a saúde e o bem-estar como prioridades.
Jhonatas reforçou a necessidade de manter o engajamento:
“Este foi apenas o primeiro passo de uma luta muito maior. Ainda há um longo caminho para a aprovação da PEC, mas a mobilização mostrou que há disposição para avançar. Vamos continuar com ações como panfletagens, articulação com entidades sindicais e movimentos nacionais para garantir que o direito a uma vida digna seja respeitado.”
*Com informações do repórter Robson Nascimento