Feira de Santana

Método Canguru: Hospital da Mulher oferece assistência ambulatorial para prematuros

Acompanhamento especializado garante suporte para o desenvolvimento saudável de bebês prematuros após a alta hospitalar

07/11/2024 06h27
Método Canguru: Hospital da Mulher oferece assistência ambulatorial para prematuros
Foto: Rafael Marques

O Hospital da Mulher agora oferece um serviço ambulatorial específico para acompanhar o desenvolvimento de bebês prematuros ou de baixo peso até os dois anos de idade. Essa assistência faz parte do Método Canguru, uma abordagem de cuidado que promove o desenvolvimento e a saúde dos recém-nascidos prematuros, especialmente aqueles internados na UTI Neonatal. O primeiro bebê que passou pela terceira etapa do método já ganhou peso e apresenta boa saúde.

Gilberte Lucas, diretora-presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, autarquia responsável pela gestão do Hospital Inácia Pinto dos Santos, explica que o modelo de cuidado integra ações de uma equipe multiprofissional.

“O nosso foco é oferecer assistência qualificada e acompanhamento humanizado aos pacientes prematuros com idade gestacional igual ou inferior a 33 semanas, ou peso abaixo de 1,5 kg. São crianças que passaram por um longo processo de recuperação e, após a alta hospitalar, agora serão acompanhadas na terceira etapa do projeto”, destaca Gilberte. O lançamento da 3ª etapa do Método Canguru foi uma das ações do Hospital da Mulher alusivas ao Novembro Roxo, mês dedicado a conscientização sobre cuidados e prevenção à prematuridade. 

Do Método Canguru para casa 

Calebe, o primeiro bebê a participar dessa terceira etapa do Método Canguru, nasceu prematuro com 32 semanas, por parto normal, no dia 1º de outubro de 2024. Ele recebeu alta nesta quarta-feira, dia 6. Calebe é o primeiro filho de Jacilene Conceição dos Santos e Ediclei Santos, moradores do bairro Limoeiro, em Feira de Santana.

“Passar por esse processo não foi fácil. Já sinto saudade da enfermeira Marília pelo cuidado que teve comigo e com o meu filho. O Método Canguru me ensinou muito; hoje me sinto mais segura ao voltar para casa com meu bebê”, diz Jacilene, mãe de Calebe.

Foto : Jorge Magalhães – Arquivo

Para o pai, Ediclei Santos, a experiência foi desafiadora, mas valiosa. “Passamos pelo processo, senti meu filho no contato pele a pele e acompanhei sua recuperação desde as primeiras horas de vida aqui no Hospital da Mulher. Agora, vamos para casa com mais segurança para cuidar do nosso menino”, comenta o mecânico, emocionado.

Estímulo e vínculo familiar

A enfermeira Marília Macedo, referência no atendimento ambulatorial da terceira etapa do Método Canguru no Hospital da Mulher, explica que o recém-nascido Calebe teve complicações após ser diagnosticado com APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca), o que causou perda de peso. Ele foi internado na UTI Neonatal e, após recuperação, passou pela Unidade de Cuidados Intermediários (Ucinco I) e pela Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (Ucinca).

“O Hospital da Mulher é o primeiro da região a oferecer a terceira etapa do Método Canguru. Esse acompanhamento ocorre a cada duas a três semanas, com o objetivo de promover e proteger a saúde dos bebês prematuros após a alta hospitalar”, reforça Marília.

Ela ainda explica que o Método Canguru é baseado no contato pele a pele entre a mãe (ou o pai) e o bebê, e nos cuidados com a alimentação, estímulo e proteção, criando um vínculo com a família através do cuidado multiprofissional oferecido pelo hospital.

“É gratificante acompanhar a alta desse bebê na terceira etapa do método. É uma oportunidade para a mãe tirar dúvidas, aprender mais e enfrentar os desafios de cuidar de um prematuro. Para nós, profissionais do Hospital da Mulher, cada grama de peso adquirido é uma vitória”, salienta Marília Macedo.

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