Mercado imobiliário supera a Selic e se consolida como blindagem patrimonial, explica especialista
A valorização dos imóveis superou a taxa Selic — que ficou em 14,25% — com uma rentabilidade média de 19,1%
No quadro Imóveis em Pauta, o especialista imobiliário Humberto Mascarenhas destacou os motivos pelos quais o mercado de imóveis tem se mostrado um dos investimentos mais vantajosos do momento. Segundo ele, em 2024, a valorização dos imóveis superou a taxa Selic — que ficou em 14,25% — com uma rentabilidade média de 19,1%, considerando tanto a valorização dos imóveis quanto a renda gerada por aluguéis.
“Esse número surpreendeu. Mostra que quem investiu em imóveis teve um retorno acima da média. Mesmo com a Selic alta, que normalmente atrai os investidores para a renda fixa, o mercado imobiliário conseguiu superar”, explicou Humberto.
Ele atribui esse desempenho à crescente demanda por aluguel residencial, impulsionada por transformações no modo de habitar e pelo adiamento da compra da casa própria, motivado justamente pelos juros elevados.
“As pessoas estão buscando praticidade e novas formas de residir. Isso aumentou muito a procura por imóveis para alugar”, analisou.
Humberto apontou que os imóveis mais rentáveis hoje são os compactos e completos. “Cada vez mais, as pessoas querem comodidade. Imóveis já mobiliados e prontos para morar têm uma demanda muito acima da média. Quem investe nesse tipo de imóvel tem retorno mais rápido e maior”, disse.
Ele destacou o exemplo de um imóvel de R$ 500 mil que, se mobiliado com mais R$ 100 mil, pode ter seu aluguel valorizado de R$ 3 mil para até R$ 6 mil mensais.
“Vale muito a pena investir em mobília e funcionalidade. Isso atende a um desejo crescente por praticidade e agilidade”, completou.
Segundo o especialista, o comportamento dos investidores em busca de imóveis prontos, inclusive para venda de “porteira fechada”, é uma tendência mundial.
“Estamos falando de um movimento global. As pessoas não têm mais tempo para reformar ou mobiliar. Elas querem entrar e morar. E o investidor que entende isso vai continuar colhendo bons frutos”, afirmou.
Para Mascarenhas, investir em imóveis é também uma forma de proteger o patrimônio.
“É como blindar um carro. Um imóvel valoriza, gera renda passiva e resiste melhor às crises. Em momentos de instabilidade mundial, como o que vivemos, poucos ativos são tão seguros quanto o ouro e o imóvel”, comparou.
Embora destaque os pontos positivos, Humberto também alertou sobre os riscos do setor.
“Nem tudo são flores. É essencial buscar conhecimento, informações e o apoio de um bom profissional. Isso reduz os riscos e aumenta as chances de sucesso”, disse.
Para quem deseja começar a investir, o conselho de Humberto é claro: “Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos. Ou seja, compre quando todo mundo estiver com medo e venda quando todo mundo estiver empolgado. É assim que se fazem os melhores negócios”.