Economia

Mercado imobiliário supera a Selic e se consolida como blindagem patrimonial, explica especialista

A valorização dos imóveis superou a taxa Selic — que ficou em 14,25% — com uma rentabilidade média de 19,1%

22/04/2025 22h00
Mercado imobiliário supera a Selic e se consolida como blindagem patrimonial, explica especialista

No quadro Imóveis em Pauta, o especialista imobiliário Humberto Mascarenhas destacou os motivos pelos quais o mercado de imóveis tem se mostrado um dos investimentos mais vantajosos do momento. Segundo ele, em 2024, a valorização dos imóveis superou a taxa Selic — que ficou em 14,25% — com uma rentabilidade média de 19,1%, considerando tanto a valorização dos imóveis quanto a renda gerada por aluguéis.

“Esse número surpreendeu. Mostra que quem investiu em imóveis teve um retorno acima da média. Mesmo com a Selic alta, que normalmente atrai os investidores para a renda fixa, o mercado imobiliário conseguiu superar”, explicou Humberto.

Ele atribui esse desempenho à crescente demanda por aluguel residencial, impulsionada por transformações no modo de habitar e pelo adiamento da compra da casa própria, motivado justamente pelos juros elevados.

“As pessoas estão buscando praticidade e novas formas de residir. Isso aumentou muito a procura por imóveis para alugar”, analisou.

Humberto apontou que os imóveis mais rentáveis hoje são os compactos e completos. “Cada vez mais, as pessoas querem comodidade. Imóveis já mobiliados e prontos para morar têm uma demanda muito acima da média. Quem investe nesse tipo de imóvel tem retorno mais rápido e maior”, disse.

Ele destacou o exemplo de um imóvel de R$ 500 mil que, se mobiliado com mais R$ 100 mil, pode ter seu aluguel valorizado de R$ 3 mil para até R$ 6 mil mensais.

“Vale muito a pena investir em mobília e funcionalidade. Isso atende a um desejo crescente por praticidade e agilidade”, completou.

Segundo o especialista, o comportamento dos investidores em busca de imóveis prontos, inclusive para venda de “porteira fechada”, é uma tendência mundial.

“Estamos falando de um movimento global. As pessoas não têm mais tempo para reformar ou mobiliar. Elas querem entrar e morar. E o investidor que entende isso vai continuar colhendo bons frutos”, afirmou.

Para Mascarenhas, investir em imóveis é também uma forma de proteger o patrimônio.

“É como blindar um carro. Um imóvel valoriza, gera renda passiva e resiste melhor às crises. Em momentos de instabilidade mundial, como o que vivemos, poucos ativos são tão seguros quanto o ouro e o imóvel”, comparou.

Embora destaque os pontos positivos, Humberto também alertou sobre os riscos do setor.

“Nem tudo são flores. É essencial buscar conhecimento, informações e o apoio de um bom profissional. Isso reduz os riscos e aumenta as chances de sucesso”, disse.

Para quem deseja começar a investir, o conselho de Humberto é claro: “Compre ao som dos canhões e venda ao som dos violinos. Ou seja, compre quando todo mundo estiver com medo e venda quando todo mundo estiver empolgado. É assim que se fazem os melhores negócios”.

Comentários

Leia também

Economia
Caixa Econômica contratou mais de R$ 900 milhões do Crédito do Trabalhador

Caixa Econômica contratou mais de R$ 900 milhões do Crédito do Trabalhador

Operação já pode ser contratada pelo App CAIXA
Economia
Consignado CLT inicia nova fase nesta sexta (25); saiba o que muda

Consignado CLT inicia nova fase nesta sexta (25); saiba o que muda

O novo instrumento financeiro abrange empregados da iniciativa privada com carteira assinada,...
Economia
INSS: Governo suspende repasse a entidades e diz que fará “integral ressarcimento” de descontos irregulares

INSS: Governo suspende repasse a entidades e diz que fará “integral ressarcimento” de descontos irregulares

Com a suspensão, segundo diretora do INSS, não é necessário correr às agências para...