Medicamentos mais caros: farmacêutica orienta como reduzir os custos
Todos os medicamentos foram impactados pelo reajuste, mas com variações de acordo com a concorrência no mercado.
Abril começou com um novo reajuste nos preços dos medicamentos em todo o país. A medida, que acontece anualmente, tem como base a inflação e outros fatores econômicos que afetam a indústria farmacêutica.
Segundo a farmacêutica Mariane Nunes, da rede de farmácias Brito, apesar de esperado, o aumento neste ano foi um pouco menor do que nos anos anteriores.
“Esse aumento de medicamentos já é esperado anualmente, sempre nesse período de abril. Neste ano tivemos um aumento médio de 3,48%, mas alguns medicamentos puderam subir até 5,06%. Foi um reajuste menor do que os últimos anos, o que é bom, pois impacta menos o cotidiano das pessoas”, explicou Mariane.
Todos os medicamentos foram impactados pelo reajuste, mas com variações de acordo com a concorrência no mercado.
“Medicamentos com menor concorrência tiveram aumento de até 2,6%, enquanto os que têm maior concorrência podem subir até 5%. Isso é pensado justamente para impactar menos o consumidor”, detalhou a farmacêutica.
Apesar do percentual reduzido, o aumento ainda pesa para muitos brasileiros, principalmente aqueles que fazem uso contínuo de remédios.
“Não tem como esse aumento não afetar a rotina do consumidor. Tem pessoas que são polimedicadas, ou seja, que usam vários medicamentos diariamente. Mesmo sendo um reajuste menor, acaba impactando”, destacou.
Para ajudar os clientes a enfrentarem esse momento com menos impacto no bolso, a rede Brito adotou uma estratégia de antecipação e reforço no estoque.
“Nós preparamos nosso estoque para segurar os preços antigos por cerca de 15 dias. Até o dia 16 de abril, ainda conseguiremos manter os valores anteriores ao reajuste. Isso dá tempo para que os consumidores possam se planejar e adquirir seus medicamentos com os preços antigos”, disse Mariane.
Ela também orienta os consumidores a comprarem em maior quantidade, quando possível, e a conversarem com seus médicos sobre a possibilidade de substituição por genéricos.
“É uma forma de economizar. Sugerimos que nossos clientes façam compras de duas ou três caixas dos medicamentos de uso contínuo. Além disso, é importante conversar com o médico para verificar se há possibilidade de substituição por genéricos, sempre respeitando a prescrição”, recomendou.
Por enquanto, não há previsão de novos reajustes nos próximos meses, embora aumentos pontuais em medicamentos específicos possam ocorrer, geralmente por questões como variação no custo da matéria-prima.
“Não é comum, mas pode acontecer com uma substância ou medicamento específico. Normalmente, não é informado com antecedência. Ainda assim, isso não atinge todos os medicamentos”, concluiu Mariane.
*Com informações do repórter Robson Nascimento