Educação

MEC lança segunda edição do curso “Escolas ON, Violência OFF”

Disponível no Portal de Formação Mais Professores, curso para educadores sobre violência de gênero na internet faz parte das ações do MEC para fortalecer o sistema de enfrentamento a violências nas escolas

01/11/2025 06h05
MEC lança segunda edição do curso “Escolas ON, Violência OFF”
Foto: Divulgação/MEC

A segunda edição do curso on-line Escolas ON, Violências OFF foi lançada na manhã desta sexta-feira (31) durante um webinário promovido pela Serenas, organização sem fins lucrativos dedicada à prevenção das violências contra meninas e mulheres no Brasil. A formação está disponível no Portal de Formação Mais Professores, do Ministério da Educação (MEC), e integra as ações de fortalecimento do Sistema Nacional de Acompanhamento e Enfrentamento das Violências nas Escolas (Snave), criado pelo Decreto nº 12.006/2024.

O projeto tem apoio institucional do Ministério das Mulheres e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, além de financiamento do Programa Brasil–Reino Unido de Acesso Digital. O lançamento fez parte da programação da 3ª Semana Brasileira de Educação Midiática.

Voltada a profissionais da educação, integrantes da rede de proteção e representantes da sociedade civil, a formação busca ampliar competências para identificar, prevenir e enfrentar violências contra meninas — especialmente em um contexto de juventudes hiperconectadas. O curso também reforça a importância do acolhimento humanizado e do papel da escola como pilar da rede de proteção.

Durante o evento, a coordenadora de Políticas Educacionais da Serenas, Graziela Santos, destacou dados que revelam a urgência do tema: 77% das jovens brasileiras já relataram ter sofrido assédio na internet; 60% das vítimas de violência on-line tinham entre 13 e 25 anos; e cerca de 75% eram meninas e mulheres.

Representando o MEC, a coordenadora-geral de Acompanhamento e Combate à Violência nas Escolas, Thais Santos, pontuou que a violência escolar migrou para o ambiente digital. “Se antes víamos situações de intimidação no portão, no recreio ou na saída, agora elas se transpõem para o digital. Quando falamos de violência de gênero facilitada por tecnologias, tratamos de expressões contemporâneas dessas desigualdades, com consequências muito concretas”, afirmou.

*ASCOM/MEC

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