MDB de Ricardo Nunes pede investigação por Lula pedir votos para Boulos em SP
Sigla pretende pedir ao MPSP que investigue fato do presidente da República ter pedido votos para Boulos em Itaquera neste feriado
O diretório municipal do MDB de São Paulo divulgou nota na quarta-feira (1º) para afirmar que vai pedir à Justiça a aplicação de multa e ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) que investigue o fato de o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter pedido votos para Guilherme Boulos (PSol) durante evento em Itaquera, na zona leste da capital paulista. A informação é de uma reportagem do Metrópoles.
Guilherme Boulos é pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, assim como o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB). Durante o evento em Itaquera, o chefe do Palácio doa Planalto afirmou ao público que “ninguém derrotará” Boulos se “vocês votarem” no deputado “para prefeito de São Paulo nas próximas eleições”. “Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”.
O Metrópoles aponta que o advogado do diretório municipal do MDB de São Paulo, Ricardo Vita Porto, afirmou em nota que o partido, num primeiro momento, vai promover as medidas jurídicas cabíveis, buscando “a aplicação de multa ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e ao pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSol, Guilherme Boulos, por propaganda eleitoral antecipada, uma vez que houve pedido expresso de votos, durante o ato de 1º de Maio, na capital”.
De acordo com Porto, em paralelo, também será pedida ao MPSP a abertura de inquérito para a apuração dos valores gastos com o evento, incluindo os públicos, além de uso da estrutura sindical com o objetivo de promover uma candidatura.
“Verificada a ocorrência de abuso do poder econômico e de autoridade, deverá ser ajuizada investigação judicial eleitoral, que poderá resultar na decretação de inelegibilidade a Lula e a cassação da candidatura de Boulos, na qualidade de beneficiário consentido da conduta vedada”, afirma a nota do MDB.
*Com informações Bahia.ba