Marina Silva afirma que autorização do Ibama à Petrobras na Foz do Amazonas foi decisão técnica
Ministra destacou que o órgão ambiental exigiu alterações no projeto original e garantiu que o processo seguiu critérios técnicos, sem interferência política
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (22), que a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em autorizar a Petrobras para pesquisar petróleo na bacia sedimentar Foz do Amazonas seguiu critérios estritamente técnicos.
Marina pontuou que o Ibama exigiu diversas modificações no projeto original apresentado pela Petrobras, antes da licença ser aprovada. Com as alterações, estão a criação de uma base adicional para atendimento à fauna em caso de acidentes com vazamento de óleo.
“A decisão dos nossos servidores do Ibama foi uma decisão técnica. E, se houve qualquer manifestação política, isso não influenciou o trabalho de qualidade feito pelos nossos técnicos. Claro, vivemos em um contexto político, é legítimo que as pessoas tenham aspirações, mas em um governo republicano, como é o do presidente Lula, a decisão foi uma decisão técnica”, afirmou a ministra.
O Ibama considerou a primeira proposta da Petrobras de apenas uma base de suporte em Belém, localizada a 800 quilômetros da área de prospecção, inadequada, em caso de acidentes com os animais, o tempo para o salvamento seria muito longo.
Com as exigências do órgão ambiental, o projeto passou a incluir uma base em Belém e outra próxima ao local da prospecção, a aproximadamente 160 quilômetros da área de perfuração.
“Existe a contradição que as pessoas levantam e com justa razão. A sociedade está debatendo não só com o Brasil, mas no mundo inteiro. Precisamos sair da dependência do uso de combustível fóssil, porque é isso que está aquecendo a temperatura da Terra. Qual é o caminho que se pode fazer isso? Planejar de forma justa para que todos possam fazer suas transições”, completou.
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