Bahia

Mais de 33% dos médicos da Bahia atuam na rede pública estadual

Infelizmente, o quantitativo de especialistas não tem acompanhado a expansão dos serviços públicos e o aumento da complexidade dos procedimentos.

11/04/2024 07h02
Mais de 33% dos médicos da Bahia atuam na rede pública estadual
Foto: Leonardo Rattes/Sesab

Dos 29.611 médicos registrados no Conselho Regional de Medicina da Bahia, 33,5% atuam na rede pública estadual. De acordo com dados de 2024 da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), atualmente, 9.925 médicos trabalham na rede estadual, incluindo 1.155 residentes.

De acordo com a secretária da Saúde do Estado, Roberta Santana, há um esforço contínuo para criar as condições necessárias, sobretudo, para a fixação de médicos especialistas no interior do estado, ao levar estrutura, tecnologia e condições de trabalho para os profissionais.

“Ainda temos o desafio de atrair médicos para o interior, que hoje representa cerca de 49% da nossa força de trabalho, mas apenas nos dois últimos anos abrimos novas estruturas assistenciais e realizamos requalificações em Itaberaba, Ilhéus, São Francisco do Conde, Barreiras, Vitória da Conquista, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Jaguaquara, Porto Seguro e Feira de Santana, apenas para citar alguns. Isso demandou novos serviços médicos”, afirma.

Ainda no interior, o Governo do Estado fará a inauguração no mês de maio do Hospital Estadual Costa das Baleias, em Teixeira de Freitas, com 216 leitos, sendo 30 de UTI. Entre obras e equipamentos, os investimentos ultrapassam os R$ 200 milhões. A unidade será referência para o diagnóstico e tratamento nas especialidades médicas de cardiologia, oncologia, neurocirurgia, traumato-ortopedia, pediatria, dentre outras.

Além do esforço estadual, há uma estreita parceria com o Governo Federal com o Programa Mais Médicos, que possibilitou ofertar 1.464 profissionais em 346 municípios (83% dos 417 do Estado), número este, não contabilizado no cálculo dos 9.925 profissionais estaduais.

Especialistas

Infelizmente, o quantitativo de especialistas não tem acompanhado a expansão dos serviços públicos e o aumento da complexidade dos procedimentos. Há escassez de anestesiologistas em todo o Brasil, por exemplo, sendo pauta constante no Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

O poder público tem buscado ampliar o número de vagas de residência médica, tanto que em 2024 foram ofertadas 1.030, número 14,5% maior que em 2023. Atualmente, a Bahia possui cerca de 2.000 residentes, distribuídos em 56 especialidades, para os quais o Governo do Estado financia 59% das bolsas, cujo investimento é de R$ 57 milhões ao ano.

Adicionalmente, o Governo do Estado tem ampliado a remuneração dos profissionais, chegando até R$ 2.850 para plantões de 12 horas nos três maiores hospitais públicos do estado, o Roberto Santos (HGRS), o Ernesto Simões Filho (HGESF) e o Geral do Estado (HGE). Desde o início de 2023, a remuneração por plantão teve um incremento de que supera os 60%.

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