Mãe de estudante autista denuncia escola por não permitir alimentação levada de casa
Família enfrenta diversos episódios de inacessibilidade para o jovem na instituição
Nesta sexta-feira, a pedagoga Carla Araújo denunciou uma proibição feita pelo Instituto de Educação Gastão Guimarães ao seu filho. Em relato feito no Instagram, a mãe conta que entregou à escola, no momento da matrícula, o relatório do neuropediatra comprovando que o filho possui autismo, mas para garantir a ele o direito à alimentação levada de casa, foi exigido um relatório específico informando que ele apresenta seletividade alimentar.
No começo do relato, ela lamenta: “talvez o dia mais difícil desde que me tornei mãe de uma criança atípica.” Carla conta que faz aproximadamente uma semana e meia, desde que percebeu junto ao esposo que o filho havia parado de comer o lanche levado de casa e de beber água. O menino, inicialmente, dizia não estar com fome no caminho para casa, porém, ao chegar na residência que moram “comia e bebia como se estivesse faminto”.
No dia seguinte, o jovem teria contado que uma funcionária havia informado que não era permitido lanchar alimentos trazidos de casa. Ela afirma, ainda, que ao ir até a instituição entender o caso, foi informada pela coordenadora que existe uma lei que afirma que os estudantes só podem consumir alimentos disponibilizados pelo estado.
A mãe conclui: “Este não é o primeiro episódio problemático na referida escola. Já enfrentamos diversas situações, como a falta de apresentação do PEI (Plano Educacional Individualizado) e a ausência de provas adaptadas. No mês de junho, a escola realizou uma gincana para todos os alunos, exceto para meu filho, que foi o único a não receber uma camisa e a não ser incluído em nenhuma das atividades.”
A reportagem vem tentando entrar em contato com a Secretaria de Educação, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Metro1