Política

Lula é o terceiro entrevistado da sabatina do Jornal Nacional; veja destaques

O candidato respondeu perguntas sobre temas como corrupção, economia e a lista tríplice da Procuradoria-Geral da República

26/08/2022 08h10
Lula é o terceiro entrevistado da sabatina do Jornal Nacional; veja destaques
Foto: Reprodução/GloboPlay

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o terceiro candidato a ser entrevistado na série de sabatina do Jornal Nacional, da TV Globo, na última quinta-feira (26). Durante os 40 minutos disponibilizados pelo programa, o petista respondeu a questionamentos sobre temas como corrupção, a lista tríplice da Procuradoria-Geral da República, economia, o relacionamento com o Congresso, sua relação com o agronegócio e a militância política do PT e polarização.

O apresentador William Bonner iniciou a entrevista relembrando que o Supremo Tribunal Federal anulou a condenação do caso do triplex e outras ações contra o ex-presidente, concluindo que “portanto, o candidato não deve nada à Justiça”. Em seguida, o jornalista citou os casos de corrupção envolvendo a Petrobras durante o mandato de Lula e questionou como o candidato  vai convencer os eleitores de que esse tipo de escândalo não vai se repetir. 

“Primeiro, a corrupção, ela só aparece quando você permite que ela seja investigada. Eu queria começar dizendo para você uma coisa muito séria, foi no meu governo que a gente criou o Portal da Transparência, que a gente colocou a CGU para fiscalizar, que a gente criou a lei de Acesso à Informação, a gente criou a lei anticorrupção, a lei contra o crime organizado, a lei contra a lavagem de dinheiro. A AGU entrou no combate à corrupção. Criamos o Coaf para cuidar de movimentações financeiras atípicas, e colocamos o Cade para combater os cartéis. Ou seja, foram todas medidas tomadas no meu governo, além do que o Ministério Público era independente, além do que a Polícia Federal recebeu no meu governo mais liberdade do que em qualquer outro momento da história”, respondeu.

Tríplice da Procuradoria-Geral da República
Em seguida, Renata Vasconcellos questionou ao candidato o motivo de Lula ainda não mencionar como será seu comportamento, caso seja eleito, com relação à escolha da tríplice da Procuradoria Geral da República. O ex-presidente respondeu, então, que primeiro precisa ganhar as eleições e que prometer algo antes de ganhar pode levar a erros. 

“Não quero procurador leal a mim. O procurador tem que ser leal ao povo brasileiro. Ele tem que ser leal à instituição. Agora, pode ficar certa de que se eu ganhar as eleições, antes da posse, eu vou ter várias reuniões com o Ministério Público para discutir os critérios que eu acho que é importante para eles e para o Brasil”, concluiu. 

Economia 
Em seguida, o jornalista William Bonner questionou o candidato sobre como ele iria recuperar o equilíbrio das contas públicas. Lula então relembrou a queda da inflação e da dívida pública em seu primeiro mandato. 

“Eu digo sempre, Bonner, que tem três palavras mágicas para governar o país. Três. A primeira delas é credibilidade. A segunda delas é previsibilidade. E a terceira é estabilidade. Você tem que garantir. Primeiro que, quando você falar, as pessoas acreditam no que você fala. Quando você fala na previsibilidade, é porque ninguém pode ser pego de surpresa dormindo com mudança do governo. E a estabilidade é para você convencer, o governo cumprindo com sua tarefa, que os empresários privados do Brasil e os empresários estrangeiros, tenham condições e saibam que tem estabilidade para fazer investimento aqui dentro”, afirmou.

Em outro momento da entrevista, William Bonner afirmou que o candidato havia deixado claro que faria uma gestão na economia diferente da que foi feita. O candidato, então, respondeu que pretende fazer uma gestão 
de acordo com aquilo que foi construído por ele nos mandatos anteriores

“Eu, hoje, tenho dez partidos junto comigo e ainda tenho a experiência do ex-governador Alckmin comigo. Muita gente pensava, uns anos atrás, que era impossível Lula se juntar com Alckmin, e eu me juntei para dar uma demonstração para a sociedade brasileira que política não tem que ter ódio, política, sabe, é a coisa mais extraordinária para você estabelecer convivência entre os contrários.

Considerações finais 
Ao final dos 40 minutos de perguntas e respostas, Lula fez suas considerações finais. 

“Eu queria dizer ao povo brasileiro que nós já provamos que é possível cuidar do povo brasileiro. Eu não gosto de utilizar a palavra governar, eu gosto de utilizar a palavra cuidar. Ou seja, tentar colocar o pobre no orçamento do país, tentar fazer com que as pessoas possam chegar à universidade, e vocês sabem que eu tenho orgulho de ter passado para a história como o presidente que mais fez universidades, que mais fez escola técnica. Nós pegamos o Brasil com 3,5 milhões de estudantes universitários e deixamos com 8 milhões. Ou seja, esse país é um país do futuro que nós precisamos construir”, finalizou o candidato.  

*Metro 1

Comentários

Leia também

Política
Jerônimo sanciona lei que autoriza empréstimo bilionário ao governo

Jerônimo sanciona lei que autoriza empréstimo bilionário ao governo

Medida foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (20) ...
Política
TSE decide e Sheila Lemos (União Brasil) poderá tomar posse em janeiro

TSE decide e Sheila Lemos (União Brasil) poderá tomar posse em janeiro

A decisão foi divulgada na noite de terça-feira (19)
Política
Operação Contragolpe: plano de assassinato foi impresso no Palácio do Planalto, diz PF

Operação Contragolpe: plano de assassinato foi impresso no Palácio do Planalto, diz PF

O documento foi elaborado pelo general da reserva Mário Fernandes