Bahia

Jovem que precisou amputar braço após acidente em parque já sabe que perdeu membro: ‘descreditado da vida’

Mãe de Andrei peroba contou que filho segue internado neste sábado (17) e está bastante abalado. Acidente foi na quinta-feira (15).

17/02/2024 12h37
Jovem que precisou amputar braço após acidente em parque já sabe que perdeu membro: ‘descreditado da vida’
Foto: Redes Sociais

O jovem de 20 anos que precisou amputar o braço após sofrer um acidente em um parque de diversões em Salvador segue internado no Hospital Geral do Estado (HGE) neste sábado (17). Segundo a mãe dele, Elinea Peroba, ele está consciente e já sabe que perdeu o braço.

“Visitei meu filho hoje e ele está acabado, dizendo que o sonho dele morreu. Está desacredito da vida, está sofrendo muito”, desabafou.

Andrei teve o braço esmagado enquanto se divertia em um brinquedo com a irmã de 17 anos e a prima de 9. O equipamento tombou e atingiu o chão. A irmã dele, Andreia, teve ferimentos leves e a prima não se machucou.

O jovem foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o HGE. Lá, ele passou pro cirurgia na sexta-feira (16), mas o braço não pôde ser recuperado. Após o procedimento, Andrei ficou entubado.

Segundo Elinea, mãe do jovem, ele já foi extubado. Apesar de estar respondendo aos medicamentos, a notícia da perda do braço direito abalou bastante o jovem. Ele havia conquistado o primeiro emprego há apenas três meses, em uma loja de fast food. Além disso, Andrei era a única pessoa da família que estava em um trabalho fixo.

“Era o sonho dele conquistar as próprias coisas”, disse.

O advogado da família, Bruno Moura, contou que o boletim de ocorrência foi registrado como “lesão corporal grave”. Como Andrei perdeu o braço, ele quer que o caso seja alterado para “lesão corporal gravíssima”.

Bruno Moura ainda contou que os donos do parque não procuraram a família do jovem em nenhum momento.

O caso aconteceu no parque de diversões instalado no Campo da Pronaica, no bairro Cajazeiras 10, na capital baiana. O local tem alvará de funcionamento e pertence a um casal que aluga os brinquedos de terceiros. Eles foram até a delegacia, mas não se pronunciaram sobre o caso para a imprensa.

Já a advogada do dono do brinquedo, Sara Barros, contou que o equipamento atendia cerca de 200 pessoas por dia e nunca havia apresentado falhas.

Na sexta-feira, após o acidente, o espaço foi interditado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur). Ele deverá permanecer fechado até a emissão do laudo de perícia técnica que, segundo o Departamento de Polícia Técnica (DPT), tem o prazo de 10 dias, que pode ser prorrogado.

De acordo com a Defesa Civil de Salvador (Codesal), a suspeita é que o acidente foi causado por falha mecânica ou falta de manutenção – o que só poderá ser comprovado com a perícia.

Em nota, o Corpo de Bombeiros confirmou que prestou socorro à vítima e que fez a vistoria do parque em relação a prevenção de incêndio e pânico. A vistoria em relação a manutenção dos equipamento não é feita pela corporação.

*G1

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