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Jornalista feirense nos EUA avalia o impacto da desistência de Joe Biden à reeleição

Com a proximidade da convenção democrata, a expectativa cresce sobre como os democratas se posicionarão para enfrentar Trump nas próximas eleições.

22/07/2024 17h19
Jornalista feirense nos EUA avalia o impacto da desistência de Joe Biden à reeleição
Foto: Kevin Lamarque/Reuters

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou sua desistência da corrida pela reeleição no último domingo (21), cedendo à pressão de aliados próximos que expressavam preocupações sobre sua idade e capacidade de derrotar o ex-presidente Donald Trump. A jornalista feirense Brenda Victória, que reside nos EUA há quase um ano, lidera a cobertura do evento, transmitida através dos programas Jornal do Meio Dia na rádio Princesa FM, De Olho na Cidade na rádio Sociedade News, no portal De Olho na Cidade e nas redes sociais.

Biden, 81 anos, enfrentou críticas crescentes sobre sua fragilidade física, o que culminou na decisão de abandonar sua candidatura. A vice-presidente Kamala Harris rapidamente se posicionou como sua sucessora, com muitos democratas alinhando-se a ela após o endosso de Biden. “É hora dos democratas se unirem para derrotar Trump”, afirmou Biden em suas redes sociais.

A convenção nacional democrata, programada para iniciar em 19 de agosto em Chicago, será crucial para confirmar o candidato do partido. Com o apoio de Biden, Harris se tornou a favorita instantânea. Se confirmada, ela seria a primeira mulher negra e a primeira pessoa de ascendência sul-asiática a ser indicada por um grande partido nos Estados Unidos.

Brenda Victória destacou a importância histórica de Harris: “Kamala Harris já fez história nos Estados Unidos ao se tornar a primeira vice-presidente negra e mulher. Ela é filha de mãe indiana e pai jamaicano, com uma formação sólida em direito pela Universidade da Califórnia e uma carreira política notável.”

Enquanto Harris surge como a favorita, outros nomes também foram considerados para a candidatura. A ex-primeira-dama Michelle Obama foi citada, mas descartou a possibilidade de concorrer. Outros possíveis substitutos, como o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o secretário de transporte, Pete Buttigieg, também expressaram apoio a Harris.

A decisão de Biden e o apoio a Harris geraram diversas reações. “A sociedade americana está dividida. Embora a economia esteja crescendo e o desemprego esteja em queda, os preços altos e outras questões econômicas estão sendo exploradas por Trump para criticar Biden”, explicou Brenda.

Pesquisas recentes apontam um cenário desafiador para Harris. Segundo uma pesquisa recente, Biden perderia para Trump por 41% a 43%, enquanto Harris enfrentaria uma margem maior de derrota, 39% a 44%. No entanto, partidários de Harris argumentam que essas pesquisas podem mudar com Biden fora da disputa.

A convenção democrata de agosto será decisiva para definir o futuro candidato. Se o partido não se unir em torno de um único candidato, uma convenção aberta pode ocorrer, permitindo que os delegados decidam entre vários candidatos.

“A convenção aberta seria a primeira em décadas e exigiria que os candidatos obtivessem assinaturas de pelo menos 300 delegados de diferentes estados. A complexidade do processo eleitoral aqui nos Estados Unidos é alta, mas o cenário mais provável aponta para Kamala Harris como a substituta de Biden”, concluiu Brenda.

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