Conclave

Jornalista acompanha expectativa para o conclave e destaca missão do novo Papa

O mundo aguarda, com expectativa e oração, o anúncio daquele que assumirá a missão de guiar a Igreja Católica no novo tempo que se inicia.

27/04/2025 18h37
Jornalista acompanha expectativa para o conclave e destaca missão do novo Papa

A morte do Papa Francisco mobilizou não apenas a Igreja, mas também a imprensa mundial. Entre os veículos que acompanham intensamente este momento histórico está a Rádio Canção Nova. Ronaldo da Silva, jornalista da emissora, falou sobre a expectativa para o conclave, o papel da imprensa católica e o perfil esperado para o novo pontífice.

“Desde o anúncio da morte do Papa Francisco, nossas equipes no Brasil, em Portugal e aqui em Roma se mobilizaram. Já estamos com a equipe fechada para cobrir todo esse processo pelo sistema Canção Nova de comunicação, televisão, rádio. Acompanhamos de perto os funerais do Santo Padre e o sepultamento, e agora seguimos na cobertura das missas no novenário, os nove dias de orações pela alma do Santo Padre”, explicou Ronaldo.

Com a conclusão do funeral, o foco agora se volta para o conclave. Segundo o jornalista, o período atual é de intensa preparação por parte dos cardeais.

“Nesta semana se intensificam as congregações gerais, que são reuniões importantes para o diálogo, o conhecimento e os debates sobre os grandes temas da Igreja e do mundo. A partir de amanhã, será realmente uma semana de pré-conclave. A escolha do novo Papa será um momento de forte espiritualidade, porque quem escolhe é Deus, é o Espírito Santo, através do voto dos cardeais”, destacou.

Ronaldo também comentou sobre a intensa movimentação da imprensa em Roma. A expectativa é de mais de 5 mil jornalistas acompanhando o conclave.

“É um trabalho primoroso, mas, sobretudo, é essencial o papel da imprensa católica que consegue transmitir isso na linguagem correta, levando ao povo o real significado do que é escolher um sucessor de Pedro”, avaliou.

Ele fez questão de ressaltar a diferença de perspectiva entre o olhar da Igreja e o olhar mundano sobre a liderança.

“No mundo, corre-se atrás do poder. Na Igreja, quem recebe o cargo sabe que recebe uma grande cruz. Quem quer carregar a cruz de Cristo? Esse é o espírito que deve ser entendido”, afirmou.

Sobre o perfil do novo Papa, Ronaldo reforçou que a prioridade não é uma visão política, mas sim espiritual.

“É o terceiro conclave que cubro. Falar em perfil é difícil, mas é preciso, sobretudo, que seja um homem de Cristo, um homem de Deus. O novo Papa não será o sucessor de Francisco, mas o sucessor de Pedro. Deve ser um pastor, um homem de fé, com o coração no céu e os pés aqui na terra”, pontuou.

Ele também comentou sobre a divisão que alguns tentam impor, rotulando papas como progressistas ou conservadores.

“Eu gostei muito de uma fala de um cardeal brasileiro: na Igreja não se pode ter nem progressistas, nem conservadores, nem de direita, nem de esquerda. Precisamos de pastores que acolham a todos, que respondam às necessidades de todos com a sabedoria do alto. Essas classificações acabam nos dividindo. O Papa precisa ser alguém que acolha e dê as respostas que Cristo daria”, concluiu.

*Com informações de Jorge Biancchi, direto do Vaticano

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