Política

João Roma confirma pré-candidatura ao governo da Bahia e aposta em frente ampla com ACM Neto em 2026

Para ele, as diferenças políticas do passado devem ser superadas em prol do futuro do estado.

27/06/2025 20h59
João Roma confirma pré-candidatura ao governo da Bahia e aposta em frente ampla com ACM Neto em 2026

O presidente estadual do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, confirmou durante entrevista ao programa Jornal do Meio Dia da rádio Princesa FM, que é pré-candidato ao governo baiano nas eleições de 2026. A decisão, segundo ele, está alinhada com o ex-presidente Jair Bolsonaro e demais lideranças do partido.

“Sou pré-candidato a governador da Bahia. Essa decisão está alinhada com o presidente Bolsonaro, com Valdemar Costa Neto e com nosso grupo político. Seguimos visitando municípios, ouvindo as pessoas, fazendo diagnósticos e o que vemos é um estado cansado, decepcionado com o governo do PT, que já dura quase 20 anos e não entregou o que prometeu”, afirmou Roma.

Roma anunciou que vai continuar visitando municípios baianos para dialogar com a população e apresentar suas propostas. Ele acredita que existe um desejo real de mudança.

“A nossa missão agora é despertar a consciência da população. Levar informação, mostrar que é possível fazer diferente. A Bahia precisa sair do círculo vicioso do ‘mais do mesmo’”, declarou.

O ex-ministro também ressaltou o crescimento do PL, que passa a ter mais tempo de rádio e TV para a campanha de 2026, o que fortalece a possibilidade de uma disputa competitiva.

“Na eleição passada, tínhamos cerca de 5% do tempo de TV. Hoje, o PL é o maior partido do Brasil. Temos quase 20% do tempo de rádio e televisão. Isso nos dá musculatura para fazer uma campanha forte e propositiva.”

Um dos destaques da entrevista foi a sinalização de Roma em relação a uma possível aliança com o ex-prefeito de Salvador ACM Neto nas eleições de 2026. Para ele, as diferenças políticas do passado devem ser superadas em prol do futuro do estado.

“Se for possível somar esforços para tirar o PT, torço e luto para que isso dê certo. O mais importante do que o projeto de João Roma, de ACM Neto ou de qualquer outro personagem é o futuro da Bahia”, afirmou.

Apesar das divergências que marcaram a disputa eleitoral de 2022, Roma revelou que já conversou com ACM Neto e que ambos têm consciência da necessidade de superar o passado.

“Tivemos uma conversa em dezembro passado sobre o futuro da Bahia. Saímos desse encontro com um consenso: o que mais pesa hoje não são as diferenças do passado, mas o governo do PT, que tem impedido o avanço do estado”, disse.

Recentemente, os dois políticos se encontraram informalmente durante o período junino em Cruz das Almas, quando trocaram impressões sobre o momento político.

“Não foi momento de conversa política profunda, mas já percebo que ele enxerga com mais clareza que esse período do PT não tem sido salutar nem para a Bahia nem para o Brasil.”

Questionado sobre a formação de chapa, Roma não descartou nenhuma possibilidade, destacando que a decisão será fruto de diálogo.

“Se vai ser João Roma governador, ACM Neto senador; ou ACM Neto governador e João Roma senador; ou qualquer outra composição, isso será fruto do diálogo. Mas o que importa é construirmos uma Bahia diferente.”

Além de ACM Neto, Roma mencionou outros nomes e partidos que poderão integrar um bloco de oposição ao PT, como o Republicanos com o deputado Márcio Marinho, o PSDB com Adolfo Viana, e lideranças como o ex-presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Nilo.

Roma destacou que o União Brasil, partido de ACM Neto, está federado com o PP, formando uma aliança robusta nacionalmente, enquanto o PL se fortalece eleitoralmente.

“Hoje o PL é o maior partido do Brasil, com quase 20% do tempo de rádio e TV. Na eleição passada, eu tinha apenas 5%. Agora temos estrutura, nomes e um projeto consistente para mudar a realidade da Bahia”, ressaltou.

Para o pré-candidato, a união com ACM Neto transcende afinidades pessoais e partidárias, fundamentando-se na necessidade da população por mudanças efetivas.

“Temos diferenças, claro. Mas o que nos une é maior: é o desejo de ver uma Bahia com menos impostos, mais investimentos, mais segurança e qualidade de vida. O povo está cansado de promessas e propaganda. Quer resultado”, concluiu João Roma.

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