Governador diz que mudanças na SEAP fazem parte de reestruturação no sistema prisional
Segundo ele, a rotatividade de cargos é algo comum e necessário na segurança pública, inclusive nas unidades prisionais
O governador Jerônimo Rodrigues comentou nesta semana as recentes exonerações na Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), destacando que as alterações fazem parte de uma rotina administrativa para qualificar o sistema prisional da Bahia. Segundo ele, a rotatividade de cargos é algo comum e necessário na segurança pública, inclusive nas unidades prisionais.
“Vocês sabem que a área de segurança pública, a política prisional, está aí dentro. A gente faz constantemente essas mudanças. Todo dia vocês acompanham no Diário Oficial: muda um coronel, um comandante. É natural. E assim também foi feito na área prisional”, afirmou Jerônimo.
O governador explicou que o objetivo das mudanças é reforçar o foco na ressocialização dos detentos, além de melhorar a gestão e o funcionamento dos presídios no estado. “As pessoas que atuam dentro dos presídios precisam de rodízio. Isso também aconteceu para que a gente fique ainda mais focado na ação prisional”, justificou.
Jerônimo revelou que, há duas semanas, se reuniu com representantes da área prisional, da segurança pública e de direitos humanos, e que aguarda, até o final da próxima semana, a apresentação de um plano mais robusto para o setor. Segundo ele, a ressocialização é uma diretriz central do seu programa de governo.
“Quando uma pessoa é presa e julgada, a Justiça entrega ao Executivo para fazer a guarda. Mas além disso, temos que cuidar da ressocialização. O papel do governo do estado é devolver essa pessoa à sociedade melhor do que entrou. Não podemos aceitar que ela entre no presídio e saia um criminoso profissional”, enfatizou o governador.
Jerônimo destacou que a Bahia é uma referência no sistema prisional nacional, mas reconheceu que ainda há avanços a serem feitos. Ele disse estar aberto à possibilidade de construir novas unidades prisionais e aumentar o efetivo de policiais penais.
“Nós temos um sistema prisional qualificado comparativamente com outros estados. Mas a gente quer mais. Se for preciso construir mais um presídio, vamos avaliar essa proposta. Também vamos revisar o quantitativo de profissionais que atuam nos presídios. Eles precisam de um reforço qualitativo e quantitativo”, disse.
O governador afirmou que, até meados de agosto, espera apresentar um plano de fortalecimento das ações prisionais na Bahia, incluindo medidas para aprimorar a gestão, aumentar o efetivo e ampliar as políticas de ressocialização.