Bahia

Irmã Dulce tem seu nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria

Lei que oficializa a homenagem foi aprovada no Senado, sancionada por Lula e publicada no DOU desta quarta-feira (17)

17/05/2023 10h41
Irmã Dulce tem seu nome inscrito no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria
Foto: Divulgação/Folha Missionária

Foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (17), a Lei 14.584, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que inscreve o nome de Irmã Dulce, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

“Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica inscrito o nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, Irmã Dulce, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, que se encontra no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação”, diz o texto da lei.

O Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria homenageia os brasileiros ou grupos de brasileiros que tenham oferecido a vida em defesa e construção do país com dedicação e heroísmo excepcionais.

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, conhecida como Irmã Dulce, nasceu em 26 de maio de 1914 em Salvador, Bahia. Desde cedo, ela acolhia mendigos e doentes em sua casa, transformando-a em um centro de apoio para a população carente. Ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus e adotou o nome de Irmã Dulce.

Em 1949, fundou um albergue improvisado em um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, em Salvador, que mais tarde se tornou o Hospital Santo Antônio, o maior da Bahia administrado por uma organização social. A Associação Obras Sociais Irmã Dulce foi oficialmente estabelecida ali em 1959, e o Albergue Santo Antônio foi inaugurado no ano seguinte.

Durante sua vida, Irmã Dulce dedicou-se incansavelmente ao trabalho com os menos privilegiados de sua comunidade. Em 1980, durante a visita do Papa João Paulo II ao Brasil, ele pessoalmente a encorajou a continuar seu trabalho com os pobres. Irmã Dulce continuou sua obra até o fim de sua vida, falecendo aos 77 anos de idade. Em 2019, a Igreja Católica a canonizou, conferindo-lhe o título de Santa Dulce dos Pobres, em reconhecimento a seu legado.

*Bahia.ba

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