Irã executa em público segunda pessoa condenada à morte por participar de protestos
Sua família acordou com uma ligação de um funcionário do governo afirmando que Rahnavard havia sido executado sem aviso prévio e que o corpo fora enterrado
O Irã realizou nesta segunda-feira (12) a segunda execução de uma pessoa condenada à morte por participar de protestos por Mahsa Amini, jovem curda morta sob custódia da polícia da moralidade por suposto uso inadequado do véu islâmico.
Majidreza Rahnavard foi enforcado em público apenas 23 dias após sua prisão, atraindo fortes críticas de organizações defensoras dos direitos humanos em meio às manifestações que já duram três meses.
O jovem de 23 anos foi morto na manhã desta segunda na cidade de Mashhad, no Nordeste iraniano, afirmou a agência estatal de notícias Nour. Sua família acordou com uma ligação de um funcionário do governo afirmando que Rahnavard havia sido executado sem aviso prévio e que o corpo fora enterrado no cemitério Behesht-e Reza, segundo o coletivo digital de ativistas 1500tasvir.
Ele foi acusado de “travar uma guerra contra Deus” e de supostamente esfaquear até a morte dois integrantes à paisana do grupo paramilitar Força de Resistência Basij, ligado à Guarda Revolucionária e na linha de frente da repressão aos protestos. Segundo a agência de notícia Mizan, ligada ao Judiciário, ele foi preso em 19 de novembro enquanto tentava deixar o país e condenado pela Corte Revolucionária, onde não pôde escolher seu próprio advogado, demandar um julgamento público ou questionar as evidências. As informação foram divulgas pelo jornal O Globo.
*Metro 1