O governo federal decidiu suspender todos os descontos mensais feitos por sindicatos e associações diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (24) pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho.

Durante a mesma coletiva, a diretora de Orçamentos, Finanças e Logística do INSS, Débora Floriano, adiantou que será elaborado um plano de devolução dos valores que foram cobrados indevidamente. A forma como esse reembolso será feito dependerá da apuração do montante total envolvido na fraude.

“Nós traremos oportunamente um plano onde serão abordadas, tratadas todas as informações, para, em seguida, em uma força-tarefa conjunta, promovermos o integral ressarcimento dos valores irregularmente descontados dos nossos segurados”, afirmou Débora.

Previsão

A previsão é que os descontos sejam suspensos já nos contracheques referentes ao mês de maio. Dessa forma, não será necessário que os beneficiários procurem as agências do INSS para evitar novos débitos.

Valores que eventualmente já tenham sido lançados este mês não serão repassados às entidades, e sim estornados no pagamento seguinte. Segundo as investigações em andamento, os descontos aplicados desde 2019 podem ultrapassar R$ 6,3 bilhões. O governo, no entanto, ainda não conseguiu identificar com precisão qual parte desse montante foi descontada de forma indevida e qual seguiu os procedimentos legais.

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