Em entrevista ao programa De Olho na Cidade da Rádio Sociedade News, o cirurgião bucomaxilofacial Dr. Thiago Leite, da Clínica Cirface, falou sobre os benefícios e avanços dos implantes dentários, um procedimento cada vez mais comum para reabilitação oral em pacientes que perderam um ou mais dentes.

“O implante dentário é a melhor forma de reabilitar o paciente. A prótese fica fixa, não precisa ser removida para higienização, melhora o conforto, a alimentação e até a autoestima do paciente”, afirmou o especialista, que atua há 18 anos na área e já realizou, junto à sua equipe, mais de 30 mil cirurgias.

Segundo o Dr. Thiago, o implante consiste em um parafuso de titânio inserido no osso do paciente, no local onde antes havia o dente perdido.

“Hoje temos implantes de diferentes tamanhos e larguras, o que permite adaptá-los a diversos tipos de osso, mesmo em pacientes que perderam muito tecido ósseo”, explicou. Com o avanço da tecnologia, muitos casos dispensam enxertos ósseos.

O médico comparou os implantes às próteses convencionais, como a PPR (prótese parcial removível) e a dentadura total.

“Essas próteses móveis incomodam, dificultam a fala e a mastigação. Já os implantes proporcionam uma prótese fixa, que não sai do lugar e oferece muito mais qualidade de vida. O paciente não tem mais medo da prótese soltar enquanto fala ou come.”

A reabilitação oral com implantes dentários geralmente é dividida em duas etapas: a cirúrgica (instalação do implante) e a protética (colocação da prótese). Em alguns casos, é possível realizar a chamada carga imediata, quando a prótese é colocada no mesmo dia da cirurgia. Em outros, é necessário aguardar cerca de quatro meses para que ocorra a osseointegração, processo de cicatrização em que o osso se adapta ao implante.

“Durante esse período de espera, o paciente nunca fica sem dentes. Ele usa uma prótese provisória, mantendo a estética e a função”, garantiu.

Dr. Thiago destacou que os cuidados com os implantes são semelhantes aos dos dentes naturais.

“É preciso escovar bem, usar fio dental e visitar o dentista regularmente para limpeza e manutenção. A falta de higiene pode levar à perda do implante, assim como acontece com os dentes naturais.”

Questionado por um ouvinte sobre a idade ideal para realizar o procedimento, o especialista foi claro: “Não há limite máximo de idade. Tenho pacientes de 90 e até 95 anos que colocaram implantes com sucesso. O mais importante é que a pessoa tenha boa saúde sistêmica.” Ele reforçou que pacientes com doenças como diabetes e hipertensão podem realizar o procedimento, desde que estejam com as condições devidamente controladas.

Para crianças e adolescentes, no entanto, o procedimento é contraindicado. “É preciso esperar o fim da fase de crescimento ósseo, geralmente por volta dos 15 anos.”

Outro ouvinte perguntou se o implante é feito dente por dente ou se pode ser em conjunto. O médico explicou que depende da situação.

“Se a pessoa perdeu todos os dentes da maxila (parte superior), por exemplo, colocamos seis implantes e sobre eles uma prótese chamada protocolo, que reabilita toda a arcada. Na mandíbula, normalmente usamos quatro implantes. Tudo isso pode ser feito no mesmo tempo cirúrgico, com segurança.”

Ciente de que muitas pessoas têm medo de procedimentos odontológicos, o Dr. Thiago ressaltou o cuidado da equipe em oferecer conforto e tranquilidade.

“Usamos sedação consciente. O paciente toma uma medicação que o deixa calmo e sonolento. Assim, a anestesia é feita sem dor e o procedimento transcorre de forma rápida e tranquila.”

Um implante unitário pode levar apenas 5 a 10 minutos, e casos mais complexos, como um protocolo com vários implantes, duram cerca de 45 minutos a uma hora. “Tudo é feito com anestesia local e conforto absoluto”, garantiu.

A Clínica Cirface, localizada na Avenida Getúlio Vargas, 1378, próximo ao HTO, realiza também cirurgias ortognáticas (correção de deformidades faciais), remoção de sisos, tratamento para dores na articulação temporomandibular (ATM), disfunção temporomandibular (DTM), cefaleias tensionais, bruxismo e outros distúrbios orofaciais.