IBGE vai ajustar dados passados de desemprego; entenda o porquê
Resultado do Censo vai reponderar amostra da Pnad
Na próxima quinta-feira, 31 de julho, o Brasil ficará por dentro da taxa de desocupação do trimestre encerrado em junho. Mas atenção: os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo IBGE, virão com uma grande novidade que vai impactar a forma como entendemos o mercado de trabalho brasileiro.
Censo 2022 Atualiza a Pnad: O que Muda nos Dados de Desemprego?
Pela primeira vez, a Pnad Contínua vai incorporar as informações do Censo Demográfico de 2022 na sua reponderação. Isso significa que o perfil da população brasileira, agora mais preciso, será refletido na amostra da pesquisa. O resultado? As taxas de desemprego divulgadas nos últimos meses, e toda a série histórica desde 2012, podem sofrer ajustes significativos.
O IBGE explica que essa atualização é crucial para que a pesquisa reflita a realidade demográfica do país. Por exemplo, se o Censo 2022 revelou uma proporção diferente de homens e mulheres na população, essa nova proporção será aplicada na amostra da Pnad, garantindo uma representatividade mais fiel. Essa mudança se faz necessária porque a Pnad estimava uma população de 216 milhões em 2024, enquanto as projeções do Censo indicam 212,6 milhões.
Pnad Contínua vs. Caged: Entenda as Diferenças na Medição do Emprego
A Pnad Contínua, que visita 211 mil domicílios em 3,5 mil municípios a cada trimestre, é a principal ferramenta para entender o mercado de trabalho no Brasil. Ela considera desocupada apenas a pessoa que está procurando ativamente por um emprego. A pesquisa abrange todas as formas de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais, incluindo empregos formais, informais e por conta própria.
*Com informações da Agência Brasil