Hospital Clériston Andrade é referência em casos de acidentes com animais peçonhentos
A unidade é a única da cidade equipada com soros antiofídicos, essenciais para neutralizar os efeitos do veneno desses animais.
O Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, é a principal referência para o atendimento de emergências envolvendo picadas de cobras, aranhas e escorpiões. A unidade é a única da cidade equipada com soros antiofídicos, essenciais para neutralizar os efeitos do veneno desses animais.
De acordo com Ângela Mara Carvalho, coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia do HGCA, a presença dos soros é um diferencial importante.
“Hoje, nós somos a única unidade que possui os soros antiofídicos para o tratamento desses acidentes. Temos ocorrências com picadas de cobra, aranha e escorpião, e estamos preparados para atendê-las”, explica.
As cobras mais comuns na região são a jararaca, a surucucu, a cascavel e a cobra-coral, sendo a jararaca a de maior incidência.
“Cada região próxima de Feira de Santana tem maior incidência de um tipo de cobra ou de outro. O importante é que temos o soro para todas elas”, ressalta Ângela.
Para quem for picado por uma cobra ou outro animal peçonhento, a recomendação é ir diretamente ao Clériston Andrade.
“O paciente não precisa passar por policlínica, UPA ou hospital particular, pois esses locais não possuem o soro. Ele deve vir diretamente para o Clériston Andrade, trazendo um documento de identificação”, orienta a coordenadora.
Ao chegar ao hospital, o paciente tem prioridade no atendimento. “Na recepção, basta informar que foi picado. A ficha é feita imediatamente, e ele é encaminhado ao médico, que fará a avaliação e administrará o soro específico conforme o tipo de cobra”, detalha.
O veneno das cobras pode ser extremamente perigoso e, em alguns casos, letal.
“A cobra-coral tem um veneno muito agressivo. Se a pessoa não for rapidamente ao hospital, pode morrer em até uma hora. Outras cobras também têm venenos fortes, mas não são tão rápidos quanto o da coral”, alerta Ângela.
Os sintomas variam conforme o tipo de cobra, mas geralmente incluem dor no local da picada, vermelhidão, inchaço e sintomas neurológicos, como visão dupla e ptose palpebral (queda da pálpebra).
“Popularmente, chamamos isso de ‘cara de bêbado’. Em casos graves, pode haver sangramento pelo nariz, boca e urina, além de hemorragias internas”, explica.
A principal orientação é procurar atendimento médico imediatamente. “Nenhuma medida caseira é eficaz. Chupar o veneno, colocar bolsa de gelo, passar pó de café ou beber cachaça não resolvem e podem piorar a situação”, alerta Ângela Mara.
A recomendação é clara: “A única coisa a ser feita é ir direto para o Hospital Clériston Andrade para receber o atendimento correto e o mais rápido possível”.
*Com informações da repórter Isabel Bomfim